Analema Solar ( em cima ) . Foto aérea dos " Navios de Pedra " , em Anundshög , Suécia ( em baixo ) . |
O AUTOR FAZ UMA INTERPRETAÇÃO DOS PETRÓGLIFOS DA INTERNACIONALMENTE FAMOSA ITAQUATIARA DO INGÁ ,NA PARAÍBA , Á LUZ DA ARQUEOASTRONOMIA .
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
ANALEMA SOLAR E VIKINGS - IMG - POST 269
ANALEMA E OS VIKINGS - TEXTO - POST 268
ANALEMA SOLAR E OS VIKINGS
Anundshög é um “tumulus” viking , o maior e um dos mais ricos sítios arqueológicos da Suécia , situado próximo a Västerås , em Västmanland . Sua construção é estimada entre 500 a.C. e 1.000 a .C .
Junto à base do “tumulus” de Anundshög , há dois conjuntos de monólitos que evocam os desenhos de duas quilhas de navios vikings opostas pela proas ; por esta razão são conhecidos como os “Navios de Pedra” ( “Stone Ships” , em inglês ) .
Além de embarcações , o conjunto das pedras também lembra a figura de um Analema Solar .
O que é um Analema Solar ?
Após um ano , a figura gerada assemelha-se a um 8 assimétrico que estará quase vertical se a posição do sol , à hora escolhida, for próxima do meridiano do lugar ( por volta do meio-dia solar verdadeiro ) , inclinando-se progressivamente para a esquerda ou direita com o seu afastamento ( esquerda de manhã ; direita à tarde ) .
O Analema tem como limites superior e inferior a posição do Sol nos dias solsticiais (21/22 de Junho e 21/22
de Dezembro).
Substrato astronômico do Analema
O Analema resulta , sob o aspecto astronômico , de dois fenômenos ou efeitos :
1 - o efeito da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da sua órbita em torno do Sol .
2 - efeito da excentricidade da órbita terrestre , já que a Terra , em obediência às leis de Kepler, descreve, na sua translação em torno do Sol , uma elipse .
Como obter a figura de um Analema Solar ( * )
A figura de um Analema se obtém marcando a extremidade da sombra de uma haste vertical sempre à mesma hora , ao longo de um ano . A mesma figura pode ser obtida por projeção de um feixe de luz solar que atravesse um orifício .
1 – corte um pedaço de cartolina grossa ou um pedaço ( tábua ) de madeira ( 40 cm x 20 cm ) .
2 - próximo a uma das extremidades da tábua , fixe um pino ou haste vertical ( 20 cm de altura ) .
3 - Fixe a tábua ao solo orientando o lado oposto à haste , para o Sul .
4 - Pelo menos uma vez num mesmo dia da semana e sempre no mesmo horário , faça uma marca na tábua na extremidade da sombra do pino . Obviamente durante o Horário de Verão não leve em conta a hora a mais e faça a marca uma hora depois daquela inicialmente escolhida .). Durante o
5 – Após um ano de registro , a união dos pontos marcados desenhará a figura de um Analema Solar .
( * ) Com agradecimentos a José Agustoni , http://zeca.astronomos.com.br/astronomia/ , pela permissão de reproduzir material de seus trabalhos .
Fotos de um Analema Solar
Em Anundshög um Analema Solar ?
Muitos arqueoastrômos acreditam que a disposição das pedras de Anundshög reproduz indubitavelmente a figura de um Analema Solar .
o Sol no céu ao longo do ano numa determinada hora. Por exemplo, se todos os dias tirarmos segue:
ANALEMA SOLAR E VIKINGS - IMG - POST 267
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
O DEUS DESCENDENTE DE TULUM - TEXTO - POST 265
Tulum é um complexo arqueológico de uma antiga cidade maia , situada na costa do Mar das Caraíbas , no Estado de Quintana Roo , no sudeste do México .
Tulum não deve ser confundida com Tula , capital dos toltecas , situada a 100 km da Cidade do México .
Tulum não deve ser confundida com Tula , capital dos toltecas , situada a 100 km da Cidade do México .
Em Tulum ou Zamá ( Cidade da Aurora ) , fundada em 564 ,há três principais estruturas de interesse histórico: "El Castillo", o Templo dos Afrescos e o Templo do Deus Descendente ( “Dios Descendente” / “Diving God” ) .
O Templo do Deus Descendente foi construído sobre um outro templo, que serve como sua base. O nome desta pequena edificação deriva de um relevo desta divindade, alojado num nicho acima de seu pórtico ocidental .
As paredes exteriores deste templo ostentam pinturas de cobras circundando o Sol , chuva e milho . A parede interna e posterior tem várias pinturas murais , inclusive a da cabeça de uma cascavel emplumada , adornada com conchas marinhas , possivelmente Chalchihuitlicue , deusa do Mar e consorte do Tlaloc , deus da Chuva .
Figurações do Deus Descendente também aparecem em vários outros monumentos da mesma Tulum ( Templo dos Afrescos ) , Cobá e Sayil .
Teorias sobre a identidade do Deus Descendente
Alguns arqueólogos acreditam que o Deus Descendente é uma figuração de Chak Ek’ / Xuk Ek ( a Deusa - Vespa ) , equivalente ao planeta Vênus .
Vênus , um objeto astronômico de capital interesse para os maias , foi diariamente observado pelos sacerdotes – astrônomos .
Este planeta era considerado como o inseparável companheiro do Sol , refletindo o fato de estar sempre próximo dele , nascendo logo após o levante solar como Estrela d’Alva ( Ah – Chicum – Ek ) , ou surgindo após o poente solar como Estrela Vespertina ( Lamat ) .
Curiosamente , Vênus tinha um efeito psicológico adverso sobre os maias . Sacrifícios humanos eram realizados quando Vênus aparecia pela 1ª vez após sua Conjunção Superior , quando ele tinha a mais fraca magnitude visual . O nascimento helíaco de Vênus especialmente temido e considerado azíago era , paradoxalmente , escolhido para data inicial de uma guerra O ciclo astronômico completo de Vênus encontra – se no Código de Dresden ( Alemanha ) .
Contudo , alguns outros pesquisadores assumem que o Deus Descendente equivaleria a Deusa - Abelha ( Ah Muzencab ou Macehcabob ) também reproduzida no Códex de Madrid - o que sugeriria a sua importância econômica na produção do mel para a província de Ecab .
Ainda , para um terceiro grupo de arqueólogos , os Deus Descendente seria uma figuração de “Yum Kaax” deus da Agricultura ( “ Deus E” da mitologia maia ) ou Deus - Milho .
Para um quarto grupo de estudiosos da iconografia maia , o Deus Descendente de Tulum seria uma representação do Sol poente numa de suas Passagens Zenitais sobre o México . Para tanto , invocam o fato de a imagem do deus estar voltada para o ocidente .
DEUS DESCENDENTE DE TULUM - IMG - POST 264
DEUS DESCENDENTE DE TULUM - IMG - POST 263
ÍNDICE DE POSTAGENS ( 1 - 261 ) - POSTAGEM 262
ÍNDICE ALFABÉTICO DAS POSTAGENS ( 1 – 261 )
Nota : Entre parênteses , o número da Postagem correspondente .
Nota : Entre parênteses , o número da Postagem correspondente .
A Leste e a Oeste do Sol ( significado ) – 165
Alinhamento Astronômico Azimutal – 66
Aquário e Peixes na itaquatiara – 124
Arqueoastronomia – definição – 65
Arredores , da itaquatiara – Fotos -17 , 16 , 15
Arredores da Itaquatiara – Fotos – 32 a 35
Arredores da itaquatiara – Fotos -25-26
Atlantes de Tula e a Atântida – 239
Azimute , Elevação e Culminação – 171
Bio e Bibliografia de Francisco Faria – 3
Calendário Azteca – A Pedra do Sol – 233
Calendário Egípcio – 91
Capricórnio – 8
Capricórnio na Itaquatiara – 119
Ciclo Sótico – 242
Cometas na Itaquatiara do Ingá – 198
Congresso de Astronomia em Copán – 228
Constelações Solsticiais e Equinociais – 211
Constelações Zodiacais – Imagem – 58
Coordenadas Celestes – 188
Coordenadas Celestes – Imagem - 61
Descida do deus Kukulkan em Chichen – Itza – 236
Dicionário da Mesopotâmia – 219
Eclipse da Lua – 223
Eclíptica na Itaquatiara do Ingá – 216
Eridano na itaquatiara – 147
Escorpião ( Scorpius ) e a Itaquatiara – Texto – 56
Escorpião e a itaquatiara – Imagens (37 a 42) – 43
Escorpião e a itaquatiara – Texto – 44
Espirais – 10
Estatísticas – 152
Faetonte – 100 a 101
Filatelia – 163-164
Filatelia - 18
Filatelia e a itaquatiara – 134
Fisiografia da região do Ingá – 21
Gêmeos – 141
Glifos do Painel Vertical – Imagens – 36
H.A.Rey e as Constelações – 187
Índios da Paraíba e a Itaquatiara do Ingá – 179
Índios do Maranhão – 184
Itaquatiara , foto panorâmica da – 46
Itaquatiara de Ingá , A ( descrição ) – 2
Itaquatiara do Ingá , glifos do painel vertical – 80 , 81e 90
Itaquatiara do Ingá , o que é – 175
Leão na itaquatiara - 128
Lista das 10 últimas postagens - 31
Livro “Os Astrônomos Pré – Históricos do Ingá” – 30
Localização ( Mapas) , da itaquatiara – 14 , 13 , 12
Lua – 94 a 100
Lua na Itaquatiara do Ingá – 206
Lua na Itaquatira do Ingá - 199
Mapa Celeste com Const.Zodiacais – 161 – 162
Mapas ( Localização ) , da itaquatiara – 14,13,12
Mínimo Múltiplo Comum e o calendário maia – 230
Mitraismo e Cristianismo – 208
Mumificação e Decanos – 261
Nascimento e Poente dos Astros – 166
Nascimento Helíaco – 170
Nazca , Obra de Humanos ou de ETs ? – 252
Neolítico e Monumentos Megalíticos – 79
Órion – 5
Órion na Alemanha Paleolítica – 151
Órion na itaquatiara – 159
Pacal II e o Astronauta de Palenque – 245
Painel Vertical da itaquatiara – 29,28,27,23 e 22
Passagens Zenitais do Sol no Antigo México – 258
Pirâmide de Tenochtitlan e o Sol do Equinócio – 248
Pirâmides do Egito – 73
Plêiades – 4
Ponto Gama ou Vernal – 191
Porta do Sol de Tiahuanaco – 255
Postagens 31 - 44 , Lista das – 45
Precessão Equinocial – 82 e 83
Precessão Equinocial – Imagem – 59
Revista do Arquivo Municipal de São Paulo – 34
Sagitário – 6
Sagitário na itaquatira – 110 a 115
Serpentário – 102 a 104
Sir Norman Lockeyer e o Antigo Egito – 76
Sírio - 1
Sol , a Leste a Oeste do - 84
Sol , o ( e a itaquatiara ) – 20 e 19
Sol , Zenitais do – 90 a 94
Stonehenge & Gerald Hawkins – 64
Teorias de Moreux , Santillana e Dechend - 63
Topo , Glifos do ( da itaquatiara ) – 11
Uma Estrela,um Rio e um Solstício no Antigo Egito – 67
Uma Festa Tapuia para uma Estrela – 68
Vênus – Conjunções , Estrela d’Alva e Matutina – 85
Vênus e os Maias – 70 , 89
Virgem ( Virgo ) na itaquatiara – Texto – 57
Virgem , Libra e Escorpião na itaquatiara – 105 a 109
Zodíaco Egípcio – Imagem – 60
domingo, 28 de agosto de 2011
MUMIFICAÇÃO E DECANOS - TEXTO - POST 261
MUMIFICAÇÃO E DECANOS NO ANTIGO EGITO
No Antigo Egito havia a crença generalizada na continuidade do espírito após a morte física , numa Pós – Vida ou Ressurreição , a idéia seminal da Imortalidade .
Os antigos egípcios acreditavam que o corpo continha três almas, "ka", "ba" e "akh", que seriam reunidas no outro mundo , desde que o corpo físico permanecesse intacto . Eles também admitiam que a mumificação e o embalsamamento eram as duas formas de garantir a passagem para o outro mundo .
O processo egípcio de mumificação tinha duas fases distintas : o embalsamamento e o sepultamento do corpo .
Após a retirada do cérebro pelas narinas , removiam-se os orgão internos que eram colocado em jarros ( canopos ) , exceto o coração , considerado imprescindível na outra vida . Depois , o corpo esvaziado era preenchido com saquinhos de sal ( natrão ) e mergulhado numa bacia inclinada para drenar os líquidos e ser desidratado .
Após isso , a múmia era literalmente enterrada por 70 dias , encerrando o período de embalsamamento ou de mumificação propriamente dito .
Decorrido este tempo , o corpo era desenterrado , preenchido com pó de serragem , perfumes e resinas . Em seguida era enfaixado com bandagens de linho . Finalmente , procedia – se ao enterro , tanto mais pomposo quanto maior fosse o poder e o “status” na piâmide social do falecido .
Por que a mumificação durava 70 dias ?
Conhecia – se que parte do ritual de mumificação estava ligado simbolicamente ao tema da Ressureição , mas por que exatos 70 dias de duração , quando ela tecnicamente durava bem menos ?
Sabia – se também que a estrela Sírio e os outros decanos da astronomia egípcia desapareciam dos céus por um período de 70 dias .
Decanos do Antigo Egito
Os antigos egípcios usavam os “decanos” , baseados numa espécie de relógio sideral ( estelar ) , para marcar as “horas” da noite ( “horas decânicas” ) , chamadas pelos gregos de “dekanoi” ou “décimos”.
O céu noturno era dividido em 36 grupos de estrelas ou decanos e cada decano surgia durante 10 dias de cada ano , após um período de invisibilidade de 70 dias , causado pela luz do Sol .
Otto Neugebauer
Otto Eduard Neugebauer ( 1899 – 1990) foi um notável matemático , conhecido por suas pesquisas sobre a matemática e astronomia na Antiguidade . Um de seus livros muito consultado pelos arqueoastrônomos é “ The Exact Sciences in Antiquity” ( 1969 – Courier Dover Publications – USA ) .
Parte superior do formulário |
books.google.com - One of the foremost workers in the area of premodern science presents the standard nontechnical coverage of Egyptian and Babylonian mathematics and astronomy and their transmission into the Hellenistic world, including the especially interesting, surprising sophistication of Babylonian mathematics....http://books.google.com/books/about/The_exact_sciences_in_antiquity.html?hl=pt-BR&id=JVhTtVA2zr8C&utm_source=gb-gplus-shareThe exact sciences in antiquity
The exact sciences in antiquity
Por Otto Neugebauer
Duat era o Mundo Subterrâneo , o Reino da Morte , o lugar para onde iam as almas dos mortos , à espera do julgamento por Anúbis , o deus com cabeça de chacal e Maát , a deusa da justiça e da verdade .
Conclusões
Ficou bastante claro , então , que a linguagem do rito funerário da mumificação egípcia de 70 dias corresponde à linguagem astronômica de um ciclo estelar com 70 dias de invisibilidade nos céus . Em palavras mais coloquiais : “ assim na Terra como nos Céus ...”
MUMIFICAÇÃO E DECANOS - IMG - POST 260
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
PASSAGENS ZENITAIS DO SOL NO ANTIGO MÉXICO - TEXT. -P 258
PASSAGENS ZENITAIS DO SOL NO ANTIGO MÉXICO
Várias edificações meso-americanas mostram certas estruturas astronomicamente orientadas para os movimentos anuais aparentes mais significativos do Sol : os Solstícios e Equinócios .
No antigo México , além destas datas , uma outra era também considerada muito importante : as passagens zenitais do Sol ou Culminação Zenital Solar , em maio e em julho .
Culminação Zenital do Sol
Culminação ou passagem meridiana é o momento em que um astro cruza o meridiano local.
O instante da passagem meridiana do Sol corresponde ao chamado meio-dia verdadeiro. Nesse momento, o Sol atinge o ponto mais alto de sua órbita aparente na esfera celeste, no dia em questão.
Culminação ou passagem meridiana é o momento em que um astro cruza o meridiano local.
O instante da passagem meridiana do Sol corresponde ao chamado meio-dia verdadeiro. Nesse momento, o Sol atinge o ponto mais alto de sua órbita aparente na esfera celeste, no dia em questão.
A Culminação Zenital é um caso particular de culminação . Quando o Sol culmina zenitalmente a sombra de uma haste verticalmente fixada ao solo ( a prumo ) confunde-se com sua própria projeção – com outras palavras : não há sombras .
Nestas circunstâncias , é dito popularmente , que “o Sol está a pino”.
Zenitais do Sol e Latitudes
As passagens zenitais do Sol podem ser observadas apenas por aqueles localizados entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio .
Nas latitudes entre os Trópicos o evento zenital ocorre em dois dias do ano : uma vez quando o Sol passa pelo zênite na sua migração para o norte e novamente quando retorna ao sul .
A grosso modo , nas latitudes 10° e 20°, o Sol estará a pino 26 e 60 dias após o Equinócio , respectivamente. O mesmo vai acontecer 30 e 64 dias após o Solstício .
Por exemplo , o Sol está a pino sobre Belo Horizonte ( 19º 49’ Sul ) , aproximadamente um mês antes do Solstício de Verão , quando o Sol está se deslocando para o sul e um mês depois , quando o Sol está retornando para o norte.
No Equador Geográfico um par de passagens zenitais solares ocorrem nos Equinócios , eqüidistantes em tempo das datas dos Solstícios .
Um observador situado no Trópico de Câncer , vê o Sol atingir o Zenite no Solstício , em 21 de Junho .
Para um observador situado no Trópico de Capricórnio , a Passagem Zenital Solar é um evento único que ocorre durante o Solstício de dezembro
Acima ou ao norte do Trópico de Câncer , o Sol jamais migra o suficiente para o norte para atingir o zênite Abaixo ou ao sul do Trópico de Capricórnio , o Sol jamais migra o suficiente para o sul par atingir o zênite
Portanto , o Sol nunca atinge o zênite nas Zonas Temperadas , as faixas de latitudes entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico e entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico
Pela razão acima , os Conquistadores espanhóis ficaram surpresos ao serem informado do fenômeno que não poderiam ter observado em seu país de origem .
Passagens Zenitais do Sol no Antigo México
A notável arqueóloga norte-americana Zelia Nuttal ( 1857 – 1933 ) , escreveu a propósito em 1906 : “As sombras desapareciam 2 vezes por ano , quando o Deus – Sol descia” . Estas datas marcavam o advento das chuvas , de fundamental importância para a agricultura meso-americana .
A 1ª. Passagem do Sol pelo zênite celebrava –se em 30 de abril – 1º de maio , durante a época que antecipava a estação do calor e da seca ( Solstício de Verão ) .
A 2ª Passagem Zenital do Sol ocorria 52 dias depois , durante a Grande Festa dos Senhores , quando então se festejava a deusa da Vegetação que antecipava o Outono
O Caracol de Chichén Itzá
Chichén Itzá é uma cidade arqueológica do estado mexicano de Iucatã , que funcionou como importante centro político da civilização maia .
Na plataforma superior do Caracol de Chichén Itzá há uma parede frontal que tem como perpendicular a direção que corresponde àquela do nascer do Sol no dia de sua Passagem Zenital , no local , no ano 1.000 .
Observatório Solar de Xochicalco
Xochicalco é um sítio arqueológico pré-colombiano do México , situado a 38 km de Cuernavaca.
O Observatório Solar de Xochicalco resulta de uma caverna natural ampliada por escavação e ligada à superfície por um túnel vertical .
Em 14 – 15 de maio e 28 – 29 de julho , o Sol no zênite , ilumina perpendicular e espetacularmente através da chaminé , o interior da caverna .
ZENITAL DO SOL - IMG - POST 257
terça-feira, 23 de agosto de 2011
255 A PORTA DO SOL DE TIAHUANACO - TEXTO - POST 255
A PORTA DO SOL DE TIAHUANACO
Perto do Lago Titicaca , no altiplano ( planalto ) da Bolívia , a mais de 3.800 metros acima do nível do mar , encontram-se as ruínas pré – incaicas da famosa cidade abandonada de Tiahuanaco .
O que restou desta cidade - estado ancestral se localiza próximo à margem sudeste do lago Titicaca e à cerca de 72 km a oeste de La Paz , capital da Bolívia .
Entre estas notáveis ruínas encontra –se a impressionante “Porta do Sol” com seus enigmáticos relevos , conhecida em todo o Mundo .
A Porta ou Portal do Sol
Este monólito , certamente não foi , no passado , uma peça isolada , mas faria parte de uma edificação maior, talvez localizada sobre a Pirâmide de Akapana, no mesmo complexo arqueólogico de Kalasasaya ( pátio semi - subterrâneo ) . Esta pirâmide tem um perímetro de 800 mt. e uma altura de 18 mt. em relação ao solo .
O belo portal trabalhado na rocha consiste num único e imponente bloco de andesita ( rocha ígnea vulcânica dos Andes ) pesando em torno de 10 a 13 toneladas , talhado para assumir o formato de uma porta . Possui 2 metros e 75 centímetros de altura , por 3 metros e 84 centímetros de largura e espessura de meio metro.
Seu friso frontal é constituído por quatro faixas horizontais , no centro das quais encontra-se uma figura antropomorfa identificada como o deus Viracocha , em destaque e em tamanho maior.
Viracocha é uma divindade máxima , considerada como o Esplendor Original , o Senhor , o Mestre do Mundo , pelos tiahuanacos . Esta deidade pan – andina teria surgido do lago Titicaca , criando então o Céu , a Terra e os Homens .
Da cabeça desta figura partem 24 “raios”, dos quais o do centro termina numa cabeça humana , outros seis em forma de cabeças de felinos e os demais , em anéis. O rosto do “deus” apresenta várias perfurações nas bochechas , que evocam lágrimas , o que lhe deu o nome de “ Dios Llorón” ( “Deus que Chora” ) .
Viracocha , motivo central da Porta do Sol , sustenta em cada mão um cetro ou bastão , com figuras de condores ( “Dios de los Báculos” ) e pendentes de seus braços encontram – se 2 “cabeças – troféus” .
Em torno da efígie de Viracocha , há 32 representações de seres alados com um bastão , que segundo alguns arqueólogos seriam homens - condor ou o “anjos” falco-antropomorfos .
Na parte inferior do friso em direção dos terços laterais encontram-se os homenzinhos trompeteiros ; sobre esta mesma linha inferior destacam –se sóis radiantes . Entre estes trompeteiros e os sóis observam – se cabeças de aves em pares , voltadas alternadamente para um ou outro lado .
Qual a idade de Tiahuanaco ?
As ciclópicas ruínas de Tiahuanaco despertaram a fértil imaginação de muitos autores , segundo os quais datariam de uns 300 mil anos atrás .
Uma teoria afirma que o povo de Tiahuanaco teria sido descendente dos lendários atlantes que migram para o altiplano andino , quando sua Atlântida se submergiu .
Uns outros autores afirmam que esta cidade teria sido construída há milhares de anos , sob orientação de “Deuses – Astronautas ” .
Datação de A. Posnansky
O engenheiro e arqueólogo Arthur Posnansky ( 1873 – 1946 ) , após 50 anos de estudos publicou um livro “Tiahuanaco, The cradle of American Man” ( 1945 ) .
Segundo os estudos arqueastronômicos de Posnansky , os relevos da Porta do Sol constituiriam o calendário mais antigo do mundo ; a cidade de Tiahuanaco seria o berço da civilização sul-americana , teria uma idade de 13.630 anos , e fora abandonada depois de um cataclismo sísmico
Datações de M . Chatelain e R . Müller
Maurice Chatelain , apoiando –se em cálculos astronômicos , afirma que a construção de Tiahuanaco data de 27 mil anos atrás . Já Rolf Müller , estima que a Porta do Sol teria sido erguida em 200 a. C .
Datação oficial para a Cultura Tiahuanaco
A datação oficial para a Cultura Tiahuanaco , é bem mais recente : 200 a.C. - 1200 d.
Arqueoastronomia em Tiahuanaco
Um sério e quase insuperável problema para a datação e levantamento de alinhamentos astronômicos em Tiahuanaco , é que suas construções sofreram destruições e restaurações ao longo de sua história . Muitas destas reconstruções foram realizadas de modo aleatório , por falta de documentação sobre as edificações e suas localizações originais , o que inviabiliza algumas abordagens arqueoastronômicas .
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