quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

CALENDÁRIO EGIPCIO - TEXTO - POSTAGEM 91


CALENDÁRIO EGIPCIO

O calendário usado atualmente no Ocidente é um calendário solar baseado na duração do ano tropical ,  o tempo decorrido , por exemplo , entre um certo Solstício de Verão e o seguinte .
O imperador romano Júlio César ( 100 a.C. – 44 a.C.)
foi o responsável pela introdução deste calendário na nossa Civilização em 45 a.C., tendo incumbido desta tarefa  o astrônomo , Sosígenes de Alexandria . Na época da  pré – reforma Juliana , o ano romano consistia de 12 meses , com um total de 355 dias , mais  um ano intercalar de 377 ou 378 dias .

Calendário Lunar

No Egito Antigo , na fase protodinástica ,usava – se um Calendário Lunar  baseado nos ciclos das fases lunares ( lunações ) .
        Após um certo tempo , os egípicios  se deram conta que o Ano Lunar , era muito difícil de manter – se  ajustado ao  ciclo das estações do  ano solar e seu uso no dia- a - dia  tornou-se cada vez mais pouco prático  , incômodo e insatisfatório .
Como há cerca de 12 lunações ( meses sinódicos )
durante o ano solar , este período é conhecido como Ano Lunar e dura 354.37 dias .






Ano Lunar

O Ano Lunar baseado nos 12 meses lunares , tem  11 dias a menos  que o Ano Tropical  de modo que o fim do Ano Lunar  chegava antes do término  do Ano Solar . Havia também inconveniências de ordem prática , tais como defasagens para as épocas e plantio e colheitas . Com efeito , um Calendário Lunar se dissocia das estações por 11 ou 12 dias a cada Ano Solar . A razão disto é o fato de que os números de  dias do ano solar não são exatamente divisíveis pelo número de lunações anuais ( 365 / 12 = 30 , 41) .
A maioria dos Calendários Lunares eram de fato Calendários Luni-solares , com meses intercalares ( inseridos , interpostos ) para sincronizar os ciclos lunares com as datas de  início das estações do ano solar .
        No início do 3º milênio antes de Cristo , a necessidade de usar um calendário mais simples e mais confiável  , estimulou  os egípcios a introduzir  o Ano Civil ,   baseado no Calendário Solar ou  Tropical .

Calendário Solar
       
        Em torno de 2.773 a.C., o Caldendário Lunar egípcio foi substituído pelo Calendário Solar , para finalidades civis . Contudo , para as efemérides religiosas foi mantido o Calendário Lunar .

Ano Civil Egípcio

O Ano Civil  adotado durava 12 meses e cada um deles tinha  30 dias e mais 5 dias extras , complementares   ( epagomenais , do grego epagein = acrescentar ) totalizando  exatos  365 dias .
Mas a verdadeira duração do ano tropical ou solar  é de 365 ¼ dias , e embora soubessem do erro de um quarto de dia , tudo indica que os egípcios nada fizeram para saná – lo . A omissão de um quarto de dia extra levava o Calendário  Civil  a não coincidir com as estações .
Quatro anos após o nascimento helíaco de Sírio ( que marcava o 1º dia do ano ) , esta estrela levantava-se heliacamente  no 2º dia do ano . Após 8 anos , no 3º dia  e depois de 12 anos , no 4º dia  e assim por diante . Portanto  havia a defasagem de 1 dia a cada 4 anos .
Contudo , diz-se , que os egípcios estavam satisfeitos e toleravam esta defasagem  , porque , depois de 1.461 anos civis os calendários voltavam “naturalmente” a coincidir , ajustando – se automaticamente .
Apenas quando o Egito foi dominado pelos romanos , sob Júlio César , um 6º dia epagomenal foi adicionado a cada 4 anos ao Calendário Civil egípcio , para ajustá –lo ao novel Calendário Juliano . O calendário egípcio de então já acumulava uma defasagem de 80 dias .

Pequeno glossário

Ano Sóthico

O Ano Sóthico , intervalo entre dois nascimentos helíacos de Sírius/Sothis  dura 365,25 dias ou mais precisamente 365,25641 dias . Mas , como já foi dito ,  na computação do Ano Civil egípcio de 365 dias , não havia , dias intercalares para mante – lo sincronizado com o Ano Sóthico .

Ciclo Sóthico

O intervalo de tempo de 1.461 anos  tem o nome de “Ciclo Sótico” porque Sóthis é o nome grego para Sírius . No  Ciclo Sótico  há uma sincronização entre o Ano Solar Civil de 365 dias e o Ano Sóthico  de 365,25 dias , após 1.461 anos .

Ano Tropical

Nosso calendário está calibrado pelo Ano Tropical ou Ano Solar , relacionado ao movimento de revolução da Terra  em torno do Sol , tendo como referência as estações . Sua duração é 365,2422 dias solares médios ou 365d 5h 48m 46s . O Ano Tropical é discretamente  menor que o Ano Sideral  ; esta  diferença  se deve à Precessão da Terra .

Ano Sideral

        O Ano Sideral é o período de revolução da Terra em torno do Sol , tendo como referências as estrelas  e não mais as estações . Sua duração é 365,2564 dias solares médios ou 365d 6h 9m 10s . O espaço de tempo entre dois nascimentos helíacos de Sírio / Sothis equivale a um ano sideral .

GLIFOS DA ITAQUATIARA DO INGÁ - IMAGENS - POSTAGEM 90

Glifos do painel vertical da itaquatiara do Ingá

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

V ÊNUS E OS MAIAS - TEXTO - POSTAGEM 89



VÊNUS E OS MAIAS

Os Maias , cuja Era Clássica situa –se entre   300 d.C. – 800 d.C , desenvolveram simultaneamente  vários calendários . Um dos calendários religiosos  , chamado Tzolkin tinha um ano de 260 dias . O calendário civil , chamado Haab , tinha um ano de 365 dias .O mínimo múltiplo comum (MMC)  de 260 dias  e de  365 dias é 18 . 980 dias ou 52 anos Haab ou 73 anos Tzolkin .
Havia um outro calendário religioso baseado no ciclo de Vênus.  É possível que os maias soubessem  mais sobre a astronomia deste planeta  que as civilizações contemporâneas  de outros Continentes . Eles observavam   obsessivamente os deslocamentos de Vênus  pelos céus e talvez considerassem- no  mais importante que o Sol .
Vênus na língua maia era Chak – Ek’; a estrela d’Alva era Ah-Chicum e Lamat , a estrela Vespertina .  
O calendário religioso baseado nos movimentos cíclicos de Vênus servia aos sacerdotes  -  astrônomos  na  escolha  da ocasião mais propícia  para eventos importantes tais como sacrifícios , coroações e início de guerras .
No Códex de Dresden há seis  páginas dedicadas à precisa localização de Vênus em seu ciclo celeste .
.




Os códices são os quatro únicos documentos escritos pelos Maias que escaparam à destruição pelos espanhóis . Eles são conhecidos pelo nome dos locais onde foram conservados e arquivados ( Dresden , Madri , Paris e Grolier ) . 
A  data do nascimento helíaco de Vênus, deveria ser especialmente temida e haveria  uma justificada  preocupação com quando e onde ele  poderia aparecer logo depois de estar oculto pelo Sol .
Os Maias fizeram a olho nu  uma minuciosa ,   precisa e completa observação sobre a aparição de Vênus como Estrela da Manhã , Estrela Vespertina  e os intervalos de seus  desaparecimentos por trás e pela frente do Sol .
Vênus precisa de 225 dias para orbitar  em torno do Sol, mas visto da Terra , ele parece demorar 584 dias  para ir uma de um ponto a este do Sol e voltar à mesma posição ,o que se chama de período sinódico .Na sua órbita em torno do Sol , Vênus parece “ultrapassar” a Terra a cada 584 dias e nessas ocasiões ele muda de “Estrela” Vespertina” visível após o por do Sol , para “Estrela” d’Alva” observável  antes do nascer do Sol . 
              Como Vênus se encontra mais próximo do Sol do que a Terra , ele pode ser visto aproximadamente na mesma direção do Sol . Vênus atinge seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso, sendo por isso conhecido como a estrela da manhã ( Estrela d'Alva ) ou estrela da tarde ( Vésper  ) .
Vénus é sempre mais luminoso  que as estrelas mais brilhantes ,  com o que o planeta pode ser visto facilmente quando o Sol está baixo no horizonte .
À medida que se move em sua órbita , Vênus apresenta , à visão telescópica , fases como as da Lua.
Conjunção Inferior e Conjunção Superior
A  Conjunção Inferior ocorre quandos os planetas interiores ( Vênus e Mercúrio )  estão  alinhados entre a Terra e o Sol .
A Conjunção Superior acontece quando  estes mesmos planetas estiverem atrás do Sol , isto é , num alinhamento Terra , Sol e planeta .
Ano Venusiano e Terrestre
              Os maias estavam muito interessados nas várias combinações numéricas de datas obtidas por associação   entre os diferentes tipos de calendários que usavam simultâneamente .

              Os ciclos de Vênus considerados pelos maias  eram de dois tipos : um deles era o ano venusiano sinódico médio de 584 dias.

              Eles  estudaram a comensurabilidade do ano venusiano e daquele de 365 dias que também usavam .
Oito anos vagos correspondem exatamente a 5 anos venusianos ou 2.920 dias . Após 2.920 dias Vênus regressa ao mesmo lugar no céu quase na mesma época do ano .
               Outro  ciclo venusiano considerado   era  um “grande ciclo “ de 37.960 dias  ( o mínimo múltiplo comum - MMC ) do calendário Tzolkin  e o ano venusiano , igual a 104 anos calêndricos .

              A procura e a tentativa  em estabelecer uma  correlação entre os anos de Vênus e os da Terra podem  ter levado os maias , conscientes dos números , a observar tão cuidadosamente este planeta . Neste aspecto , os maias se comportavam mais como os babilônicos , também mais interessados em cálculos numéricos  do que  como os gregos , mais envolvidos com a geometria da Astronomia . 




















VÊNUS E O "EL CARACOL MAIA" - TEXTO - POSTAGEM 88


        Observado desde a Terra  , Vênus parece mover-se de modo caprichoso , aparecendo como Estrela da Manhã  ( Estrela d’Alva / Estrela Matutina ) , desaparecendo e reaparecendo como Estrela Vespertina ( Vesper / Hesperus ) . Isto levou alguns astrônomos  antigos a considerar tais aparições como dois astros diferentes , o que  não aconteceu com os Maias , cientes que eram aspectos distintos de um mesmo astro : Vênus .
Estudos etno – históricos indicam que os meso – americanos em geral  consideravam a influência do planeta Vênus como decididamente  funesta , sobretudo quando nascia heliacamente .

Dados observacionais a olho nu

Vênus é um planeta , mas alguns astrônomos  da Antiguidade consideravam – no como uma estrela , certamente porque ele é o objeto puntiforme a olho nu mais brilhante dos Céus , mais luminoso que as estrelas Sírio,Veja e Arcturo .

Vênus como é um planeta interior  parece oscilar em torno do Sol  e  graças à sua órbita quase circular , varia pouco na sua distância do Sol . A distância angular entre o Sol , Terra e Vênus no auge do afastamento  é de 47 graus .Nesta posição , Vênus precede ou se segue ao  Sol nascente ou poente por cerca de 3 horas .

Para um observador voltado para o horizonte leste ,
Vênus surgirá logo ao nascer do Sol e a cada cada dia que passa  o planeta  nascerá um pouco mais cedo , um pouco mais alto e brilhará de modo mais intenso  até  ser ofuscado pelo Sol . Depois , este padrão se  inverterá e Vênus se levantará  cada dia mais tarde , até que não nascerá  de maneira alguma .

Ciclo Venusiano

Convencionalmente conta – se o Ciclo Venusiano a partir de sua Conjunção Inferior do planeta . O nascimento e poente de Vênus como Estrela da Manhã leva 263 dias , após o que ,  durante  os próximos 50 dias e desaparece completamente dos Céus .
Então , Vênus reaparece no céu noturno como Estrela Vespertina  onde permanecerá por mais outros 263 dias antes de desaparecer por mais 8 dias , no final dos quais reaparece como Estrela da Manhã , reiniciando todo o ciclo .
Este ciclo completa –se portanto  em 584 dias ( 263 dias de Estrela da Manhã  ,  + 50 dias de ausência +263  dias de Estrela Vespertina , + 8 dias de ausência .
Este ciclo venusiano também é conhecido como Perído Sinódico de Vênus ( 584 =263 + 50 + 263 + 8 ) .

Período Sinódico de Vênus

O período sinódico de Vênus equivale a 2.920 dias terrestres ( 5 x 584 dias  = 2.920 dias) . Dividindo –se 2.920 dias por 365 dias do nosso ano encontra-se 8 ( 2.920dias /365dias = 8 ) . Os astrônomos maias deduziram que os movimentos de Vênus repetiam-se a cada 8 anos terrestres .
Conjunção Terra , Vênus  e Sol
Uma conjunção de  Vênus ocorre quando este planeta , a Terra e o Sol estão alinhados numa reta .
Há dois tipos de conjunções venusianas  , superior e inferior . A conjunção superior ocorre  segundo um alinhamento Terra  - Sol - Vênus ; aquela inferior acontece com o alinhamento Sol – Vênus - Terra .
Obviamente , a  partir da Terra não é possível observar Vênus nas conjunções , porque naquela superior ele está no lado oposto do Sol e na inferior situa –se   entre a Terra e o Sol .

O Observatório Astronômico Maia “El Caracol”.

“El Caracol” parece ter sido um edifício maia quase que exclusivamente dedicado à observação de Vênus . O acesso à torre de observação , a parte mais elevada desta construção , é feito através de uma estreita escada em espiral que lhe  emprestou o nome Caracol .
A torre de observação foi construída de modo que permitisse uma visão sem obstruções dos entornos ( céus e horizonte ) acima das altas copas das árvores do Iucatã .
A longa escadaria na frente de “El Caracol” aponta para 27.5 graus ao norte do oeste  , um alinhamento com o poente solar do Solstício de Verão e o poente mais extremo ao norte , de Vênus . Uma diagonal traçada entre os ângulos nordeste – sudoeste da base do “El Caracol”  aponta para o nascer do Sol no Solstício de Verão e o poente solar          no Solstício de Inverno . As três fendas verticais restantes da semi – arruinada torre de observação apontam para as posições extremas de Vênus mais ao norte e mais ao sul , para o poente solar no Equinócio e para o Sul Magnético ou Astronômico .
Vários pesquisadores acreditam que o notável Código de Dresden teria sido elaborado pelos astrônomos de “El Caracol”, em torno do 11º ou do 12º século d . C . 





















VÊNUS - GENERALIDADES - POSTAGEM 87

VÊNUS , GENERALIDADES 
  
Depois da Lua , Vênus é o astro  que se encontra mais próximo da Terra .
Vênus gira em torno do Sol segundo uma órbita quase  circular e por isso a distância entre ambos  varia muito pouco .
A distância angular entre ambos os astros ,  no auge do afastamento ( elongação) , é de 48 graus . Nessa ocasião Vênus precede ou se segue ao Sol nascente ou poente por cerca de 3 horas .  .
Terra e Vênus ficam a uma distância mínima entre si quando este  último  se encontra entre o Sol e a Terra , o que acontece em períodos de 584 dias . Nestas ocasiões Vênus  aparece como uma estrela brilhante , bem alta  sobre o horizonte .
Vênus – um planeta interior - é o segundo planeta do Sistema Solar , em ordem de distância  do Sol e situado entre Mercúrio e Terra .
Este planeta é o único astro – com exceção da Lua e do Sol – que pode ser visto durante o dia , a olho nu . Os Maias fizeram inúmeras registros sobre o aparecimento diurno de Vênus .
No céu noturno , Vênus difunde uma luz branco – amarelada , que só é visível logo após o crepúsculo ou pouco antes do nasceer do Sol .

As “Estrelas” Vespertina e Matutina  

Os atrônomos da Antiguidade pensavam que a Estrela d’Alva e a Estrela Vespertina eram  dois astros diferentes . Para os gregos , quando visto de manhã , o planeta era chamado Phosphoros ou Eosphoros ( Lúcifer , em Roma )   e , à noite , Hésperos ( Vesper , em Roma ) . Mais tarde chegou – se à conclusão que eram aparições de um mesmo astro
        Vênus é um planeta ligeiramente menor que a Terra e  considerado com nosso “planeta gêmeo” . Observado ao telescópio , Vênus exibe fases semelhantes às da Lua . Na “fase cheia”  Vênus se encontra à maior distância da Terra e quando dela se aproxima , vai – se tornando aparentemente mais delgado . Quando está o mais próximo possível do nosso planeta , volta – lhe o hemisfério não – iluminado .
Conjunção Inferior e Conjunção Superior
A  Conjunção Inferior ocorre quando um planeta interior ( Vênus )  está   alinhado entre a Terra e o Sol . A Conjunção Inferior equivale à fase de Lua Nova do ciclo lunar .
Nos chamados “trânsitos de Vênus” , o planeta – que se encontra entre a Terra e o Sol – é visto passar diante do disco solar , o que ocorre 4 vêzes em cada 243 anos .
A Conjunção Superior acontece quando  este mesmo planeta estiver atrás do Sol , isto é , num alinhamento Terra , Sol e Vênus . Este tipo de Conjunção equivale à fase de Lua Cheia do ciclo lunar .
Período Sinódico e Ciclo de Vênus
Vênus precisa de 225 dias para orbitar  em torno do Sol , mas visto da Terra , ele parece demorar 584 dias  para ir uma de um ponto a este do Sol e voltar à mesma posição , o que se chama de período sinódico . Na sua órbita em torno do Sol , Vênus parece “ultrapassar” a Terra a cada 584 dias e nessas ocasiões ele muda de “Estrela” Vespertina” visível após o por do Sol , para “Estrela” d’Alva” observável  antes do nascer do Sol .
O Período Sinódico ( Ciclo de Vênus )  transcorre da seguinte maneira :
8 dias de ausência ( Conjunção Inferior ) , + 263 dias como Estrela d’Alva , + 50 dias de ausência ( Conjunção Superior ) , + 263 dias como Estrela Vespertina = 584 dias
O  Ciclo de Vênus era especialmente significativo para os Maias porque este planeta tinha um enorme influência psicológica sobre eles  e estava associado à guerra . Este período , devidamente  considerado pelos sacerdotes  – astrônomos , indicaria as datas mais propícias  ( geralmente aquelas das Conjunções ) para o início dos combates ( “Star Wars” ) . Sacrifícios de seres humanos eram ofertados no primeiro aparecimento de Vênus , após a Conjunção Superior . O evento menos auspicioso e mais temido do ciclo venusiano era  o nascimento helíaco de Vênus , após a Conjunção Inferior .


VÊNUS E "EL CARACOL" - IMAGEM - POSTAGEM 86

A ) Observatório astronômico "El Caracol" . B ) Alinhamentos da Torre : 1 - Vênus ao norte . 2 - Poente solar no Equinócio . 3 - Vênus ao sul . 4 - Sul magnético ou astronômico . C ) Kukulkã como Vênus . D  ) Alinhamentos da Base : 1 -  poente solar no Solstício de Verão . 2 - poente norte de Vênus . 3 - poente solar no Solstício de Inverno . 4 - levante solar no Solstício de Verão . E ) Glifo maia para Vênus  

sábado, 11 de dezembro de 2010

PRECESSÃO - IMAGEM - POSTAGEM 83

A Precessão é responsável pela variação da localização da  Estrela Polar ao longo dos milênios . Há cerca de 4.700 anos
a Estrela Polar era Thuban ( alfa da constelação de Draco / Dragão ) e uma fresta da Grande Pirâmide de Gizé  estava alinhada com   esta estrela . Atualmente a nossa Estrela Polar ( Norte ) é a alfa da   Ursa Menor . No futuro a Estrela Polar em 15 .000 d.C.será Vega , na Constelação da Lira .

PRECESSÃO - IMAGENS - POSTAGEM 82

A Precessão da Terra é semelhante ao rodopiar de um pião .O ciclo precessional completo dura 26 . 000 anos . Atualmente o
eixo da Terra aponta para a Ursa Menor , onde está a nossa Estrela Polar . A Precessão levará o eixo terrestre apontar para Vega , daqui a 12 .000 anos . Esta mudança na posição do polo causa mudanças no nascer e por das estrelas , mas seus efeitos só são perceptíveis ao fim de séculos . 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

GLIFOS DO PAINEL VERTICAL DA ITACOATIARA - IMAGEM - POSTAGEM 81

GLIFOS DO PAINEL VERTICAL DA ITACOATIARA - TEXTO - POSTAGEM 80

No painel vertical da itaquatiara do Ingá , há um conjunto de inúmeros glifos de exóticos desenhos , insculpidos no gnaisse , em meia - cana . Uma sucessão de mossas ( depressões hemisféricas ) emoldura superiormente esta face do  painel , voltada para o leste . Estas figurações , de difícil descrição , são evocadoras de formas humanas ( antropomorfas ) , animais  (zoomorfas ) , plantas ( fitomorfas ), entremeadas por formas geométricas ( círculos , espirais , cruzes , etc. ) .

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NEOLÍTICO E MONUMENTOS MEGALÍTICOS - TEXTO - POSTAGEM 79

NEOLÍTICO E MONUMENTOS MEGALÍTICOS



O nome  "Neolítico" , ( do grego , néos = novo e líthos = pedra )  significa  Nova  Idade da Pedra ou Idade da Pedra Polida e designa o terceiro e último período da Pré – História .     
Esta designação   foi dada em função dos artefatos de pedra polida confeccionados  pelos povos  deste período  ,  caracterizado pela expansão da agricultura e da pecuária , formação das primeiras comunidades , divisão do trabalho , sedentarismo , etc .
O Neolítico  - ou “Revolução  Agrícola da Pré –História” -  para alguns , teve seu desenvolvimento inicial no Oriente Próximo de onde  se expandiu pela  Asia, Europa  e  África. Nas Américas e na Ásia Oriental   teria havido um desenvolvimento autóctone do Neolítico .
A era  neolítica  ocorreu  em períodos de tempos distintos segundo os diversos lugares . De um modo muito elástico pode – se dizer que  se situa entre 7.000 a.C. e 4.000 a.C.
As construções megalíticas ( do grego , mega = grande  +  líthos = pedra ) são encontradas em toda a Terra , desde o Japão à Ilha de Páscoa , mas abundam na Europa Mediterrânea e Atlântica  .

Civilização Megalítica Européia

Os arqueoastrônomos  têm  demonstrado um grande interesse no estudo do que se considerava de há muito tempo na Europa , como “construções ciclópicas” . Estas foram atribuidas popularmente por seu grande porte , aos cíclopes , gigantes da mitologia grega .
As construções megalíticas européias geralmente são   edificações   de porte monumental , formadas  por enorme( s ) bloco( s ) de pedra e  essencialmente erguidas   no Neolítico  e por vezes na Idade do Cobre e do Bronze .
Alguns historiadores referem –se específicamente à uma “Cultura Megalítica Européia” , definindo –a como uma civilização pré – histórica e pré – literata ( pré – escrita ) da Europa Ocidental , entre 4.800 a.C. e 1.200 a.C. , aproximadamente 2 mil anos antes das Pirâmides do Egito .

Monumentos Megalíticos da Europa

A  finalidade  destas construções  era   predominantemente  funerária ( sepultamentos  coletivos) .
 Seus  tipos básicos eram :
1 – menhir ( “pedra larga”)  -  um megalito único ,ou  monólito ) fincado  verticalmente com a finalidade de “fixar a alma do morto ao solo” .
2 – dolmen ( “mesa de pedra” ) formado por 2 ou mais menhires cobertos por uma laje  horizontal  .
Estes 2  tipos básicos podem se mostar agrupados  ou combinados  em :
1 -  alinhamentos  ( menhires alinhados de Carnac )
2 – cromlech ( dolmens  dispostos circularmente como em Stonehenge e Avebury ) .

Os Megalitos de Carnac

Carnac , na Bretanha ( França ) , é internacionalmente famosa  por possuir cerca de 3.000 monólitos (menhires) , "tumuli" ( construções funerárias )  e dolmens ,  erguidos possivelmente por um povo pré – Celta , em torno de 3.300 a.C.

   "Grand Menhir Brisé"  de Morbihan na Bretanha ( França ) .  

O  "Grande Menhir Partido"  , é o mais longo  megalito da Europa e exibe  excepcionais dimensões : 18,5 m de altura ( quando era ereto ) , 3 m de largura e peso de 280 toneladas . Atualmente ele está derrubado e fragmentado  em quatro pedaços , possivelmente como consequência de um terremoto em 1772 ou de um acidente durante sua instalação .













NEOLÍTICO E MONUMENTOS MEGALÍTICOS - IMAGEM - POSTAGEM 78

NEOLÍTICO E MONUMENTOS MEGALÍTICOS - IMAGEM - POSTAGEM 77

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SIR NORMAN LOCKEYER E O ANTIGO EGITO - TEXTO - POSTAGEM 76

SIR NORMAN LOCKEYER  E O ANTIGO EGITO

Sir Joseph Norman Lockeyer ( 1836 – 1920 )  
foi um renomado cientista inglês , professor de Astronomia e fundador da respeitada publicação científica “Nature” . Ele é considerado o “Pai da Arqueoastronomia”.




Em 1890 ,  durante uma viagem à Grécia , Lockeyer teve sua atenção despertada pelo alinhamento leste – oeste de vários templos antigos .
As  suas pesquisas  sobre o alinhamento astronômico dos templos egípcios , vieram  à luz com a publicação do livro “The Dawn of Astronomy” , em 1894 .
De volta à Inglaterra , dedicou – se ao estudo da conotação  astronômica de Stonehenge e em 1906  publicou “Stonehenge and Other British Monuments Astronomically Considered" .
Na Terra dos Faraós  , Lockeyer fez visitas regulares a vários templos egípcios para investigar a sua orientação astronômica e concluiu que muitos deles estavam alinhados com os astros e que tinham a dupla finalidade de servirem como centro cerimonial religioso e  observatório astronômico .
De uma maneira genérica , os templos por ele  visitados tinham ao longo do seu maior eixo  uma extensa   e estreita passagem que permitia que os raios do Sol ou de um outro astro , atingissem   o santuário no fundo da mesma , apenas numa certa data do ano e em mais nenhuma outra .
Lockeyer concluiu que uma concepção adequada destes templos permitiria ao egípcios  calcular o ano tropical com a precisão de 1 minuto , ou seja ,de um décimo milésimo de ano !
No Egito , os  alvos de estudos astronômicos  de Lockeyer foram Karnac ( onde se destaca o Grande Templo de Amon – Rá )  , Luxor , Heliópolis e Abydos . 

Precessão e novos alinhamentos de templos

O alinhamento astronômico de um monumento ou templo com um determinado astro seria definitivo se não houvesse o fenômeno da Precessão .
A Precessão altera os azimutes e a hora do nascer dos astros numa estação do ano , de modo que , uma edificação rigorosamente alinhada com o Sol ou uma estrela deixaria de sê – lo , após alguns séculos . Perdendo a funcionalidade astronômica , o templo teria de ser abandonado ou reconstruído sob novo e correto alinhamento . Lockeyer constatou acréscimos  para correção do desvio , em várias edificações .
Estes “realinhamentos” poderiam sugerir  que os antigos egípcios conheciam a Precessão , muito  antes do astrônomo grego Hiparco de Nicea ( 190 a.C. -120 a.C. ) a quem é creditada a descoberta do fenômeno . Alguns outros astrônomos discordam , dizendo que a constatação de  um fenômeno não implica automaticamente na sua imediata  interpretação e exata compreensão  . Trata –se de um assunto ainda em discussão .

SIR NORMAN LOCKEYER - IMAGEM - POSTAGEM 75

SIR NORMAN LOCKEYER E - IMAGEM - POSTAGEM 74

PIRÂMIDES DO EGITO I - TEXTO - POSTAGEM 73

PIRÂMIDES DO EGITO – I

As notáveis  pirâmides do Egito ou  pirâmides de Gizé , localizam-se no planalto de mesmo nome , na margem esquerda do rio Nilo , próximo à cidade do Cairo . São as únicas remanescentes das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Estas ciclópicas construções  foram erguidas pelo faraós Quéops ( Grande Pirâmide ) , Quéfren e Miquerinos há cerca de 2.700 a.C.
Sobretudo a Grande Pirâmide ( latitude : +29º 58’51” ) tem sido alvo de inúmeras e controversas interpretações astronômicas .
Os lados da pirâmide de Quéops estão precisamente  alinhados com os pontos cardeais , fato inconteste e aceito pacificamente por todos os arqueoastrônomos .
Da Câmara Real da  Grande Pirâmide  saem duas chaminés oblíquas , consideradas como “ tubos ou frestas de ventilação” , que terminam nas faces norte e sul do monumento . A chaminé norte está inclinada 31º em relação à horizontal , ao passo que aquela dirigida para o sul tem inclinação de 44º 5’em relação ao mesmo plano .
 A chaminé norte , poderia ter estado à época de sua construção , intencionalmente   orientada para o Polo Celeste Norte  ou mais precisamente para a culminação superior de Thuban , da constelação do Dragão ( Draco) . A chaminé sul estaria  alinhada com   Anilam , a estrela central do Cinturão de Órion . Atualmente graças à Precessão Equinocial ,  nossa Estrela Polar Norte é a Polaris , da Ursa Menor .
Alguns egiptólogos acreditam que o alinhamento astronômico das  “frestas de ventilação” objetivava à condução das almas dos faraós às estrelas circumpolares do Norte  e às estrelas do Cinturão de Órion , segundo a crença então aceita .

PIRÂMIDES DO EGITO I - IMAGENS - POSTAGEM 72

Uma das "frestas de ventilação" ou "chaminés" da Grande Pirâmide estava alinhada com Thuban , em Draco ( Dragão )  a estrela polar norte à época da sua construção ( c.2.600 a.C.) . Atualmente nossa estrela polar norte  ,pertence à Ursa Menor , graças à Precessão .

PIRÂMIDES DO EGITO - IMAGENS - POSTAGEM 71

A "fresta de ventilação" da Grande Pirâmide que emerge na sua face norte , sob um ângulo de 31gr  ,apontava para Thuban , em Draco ( Dragão) ,a estrela polar à época de sua construção ( c.2.600 a.C. ) .A outra "fresta" que emerge na face sul  da pirâmide sob um ângulo de 44 gr 5 min .estava alinhada com Alinam , em Órion . A Precessão invalidou tais alinhamentos .