ÓRION NA ITAQUATIARA DO INGÁ
A mítica figura do Caçador Órion , a constelação mais bela , facilmente identificável e a mais conhecida do nosso céu estival , é formada por sete estrelas principais , das quais cinco delineiam um grande trapézio .
A mítica figura do Caçador Órion , a constelação mais bela , facilmente identificável e a mais conhecida do nosso céu estival , é formada por sete estrelas principais , das quais cinco delineiam um grande trapézio .
A constelação de Órion , visível praticamente de todas as regiões habitadas da Terra ( entre as latitudes de + 85º e – 75º ) , tem a forma de uma ampulheta e é seccionada pelo Equador Celeste ; assim , ela pertence a ambos os Hemisférios Celestes . A época para sua melhor visualização ocorre em janeiro , às 21.00 h . As principais estrelas desta constelação , são :
1 - Betelgeuse ( alfa de Órion ) , uma estrela de cor avermelhada , a segunda mais brilhante de Órion ( em realidade , a beta de Órion ) , representa o ombro direito do gigante .
2 - Rigel ( beta de Órion , em realidade , a alfa de Órion ) , a sexta mais luminosa dos céus , de um brilho azul - esbranquiçado , situa-se diagonalmente oposta à precedente e representa o pé ou o joelho esquerdo do Caçador .
3 - Saiph (kappa) , que representa o joelho ou o pé direito do Gigante .
4 - Bellatrix (gamma) , a “Guerreira” , branco-azulda , representa o ombro esquerdo do Caçador e a 3ª estrela mais brilhante desta constelação .
5 - Meissa ( lambda ) , representa a cabeça do Caçador Celeste .
Cinturão de Órion
No centro deste trapézio encontram-se três estrelas , Alnitak , Alnilan e Mintaka dispostas obliquamente , em linha reta e igualmente espaçadas que constituem o Cinturão de Órion . Elas são popularmente conhecidas como as Três Marias ou os Três Reis Magos .
A Espada de Órion
Próxima ao Cinturão , observa-se a olho nu , a Espada de Órion , um asterismo formado por três estrelas de fraca luminosidade . A “estrela” do meio , em realidade , é a Grande Nebulosa de Órion (M 42) , um “berçário estelar”.
Mitologia
O nome Órion viria do sumério Uru – Anna ( a Luz do Céu ) , título do mítico herói caldeu Tamuz , filho do Sol . Nos catálogos estelares da Babilônia ( fase tardia da Idade do Bronze ) consta o nome de Órion como Mul.Sipa.Zi.An.Na , que significa o “ Pastor Celeste “ ou o “Pastor de Anu” .
No Antigo Egito ( 3.200 a.C. – 30 a.C, ) Órion era a morada do deus – faraó Osiris , que assassinado e despedaçado por seu irmão Seth , foi reconstituido e ressuscitado por sua irmã e consorte Ísis .
Segundo uma das múltiplas versões da mitologia grega , Órion filho de Netuno e da ninfa Euridale , era um gigante caçador , amado pela deusa Ártemis , mas odiado por Apolo , irmão desta . Em certa ocasião , Apolo ao perceber que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça acima d´água , desafiou a irmã , exímia caçadora, a acertar o alvo. Enganada , Ártemis disparou uma seta que atingiu Órion , matando-o . Então , a deusa , desolada , suplicou a Zeus que colocasse o seu amado entres as estrelas .
Uma outra versão do mito relata que Órion morreu pela picada de um Escorpião Gigante enviado por Geia , deusa da Terra , preocupada com a ameaça feita pelo Caçador , de extinguir todos os animais do nosso planeta .
Órion e Escorpião foram transformados em constelações pelos deuses do Olimpo , mas colocados em pontos afastados nos Céus para evitar novas refregas ; assim , nunca são vistos simultaneamente nos céus porque quando um deles declina a oeste é que o outro se levanta a leste .
Órion entre os nossos taulipangues
Segundo o etnológo germânico Theodor Koch – Gruenberg (1872 – 1924) os taulipangues ( taurepangues ) de Roraima referiam – se lenda do perneta Jilicavaí ou Jiliguaupu que tendo uma das pernas decepadas pela esposa adúltera subiu aos céus para tomar parte numa constelação formada pelas Plêiades ,Touro e Órion. É possível que esta coincidência entre os aurignacenses e os índios brasileiros tenha um substrato astronômico comum pois as estrelas que partem de Betelgeuse sugerem um membro inferior mais longo , o que não acontece em Bellatrix .
Iconografia de Órion
Na iconografia européia em geral , Órion é representada por um guerreiro que segura uma clava ameaçadoramente em direção a Touro ( Taurus ) ; com a outra mão sustenta um escudo feito com couro de uma carcaça de um leão ; de seu cinto ( Cinturão de Órion ) pende uma espada ( Espada de Órion ) . Nas suas proximidades encontram-se seus dois sabujos ( Cão Maior e Cão Menor ) e o rio Eridano ; aos seus pés acham-se os animais por ele caçados , a Pomba (Columba) e a Lebre (Lepus).
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