sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TEORIAS DE MOREUX,SANTILLANA E DECHEND - POSTAGEM 63

Os arqueoastrônomos , por unanimidade , aceitam que os conhecimentos e tradições astronômicas iniciadas na Mesopotâmia ( 5.000 a.C. - 331 a.C. )  com os assírios e caldeus continuaram com os  medos , persas , hindus , egípcios , gregos e romanos ;  por meio destes dois últimos chegaram  até nós .
Porém , de tempos em tempos , surgem alguns estudiosos que defendem  a existência de uma civilização de grande saber astronômico e de avançada tecnologia  em  datas bem anteriores à Mesopotâmia . Entre estes , destacaram-se o abade Moreux , Giorgio Santillana e Hertha Von Dechend .

Hipótese do abade Moreux ( União Primigênia dos Homens e sua Posterior Dispersão )

O religioso  Théophile Moreux ( 1867 – 1954 )   astrônomo francês , notabilizado por sua paixão em divulgar a   Astronomia ( “La Revue Du Ciel”  ) acreditava que :
1 - as tradições astronômicas comuns a   civilizações atualmente  muito diferentes deveriam   remontar a uma Era  em que os homens todos estavam reunidos e compartilhavam  dos mesmos conceitos e observações astrais ( União Primigênia ou Primordial ) .
2 - naquele mundo anterior unido , teria havido  uma  brusca ruptura  e como resultado , os homens perderam contato uns com os outros . (Dispersão).
3 – contudo , os povos dispersos conservaram alguns nomes , tradições mitológicas e científicas comuns , mas depois da separação teriam decaído  


Hipótese de Santillana e Von Dechend


O livro “Hamlet’s  Mill” ( 1ª Ed . Boston , 1969 ) por  Giorgio de Santillana ( professor de  História  da  Ciência ,  do MIT ) e  Hertha von Dechend   (cientista  da  Johann Wolfgang Goethe – Universität ) versa sobre a relação entre Astronomia e Mitologia , a partir  da perspectiva da História  e Mitologia Comparadas .  
Os autores acreditam que entre 4.000 a.C. e 100 a.C . teria existido um sistema arcaico de conhecimento astronômico prevalente no mundo proto – civilizado ou civilizado .
Segundo eles , nossos  mais remotos ancestrais estavam particularmente fascinados e envolvidos com observações astronômicas e fizeram várias descobertas fundamentais , atribuídas mais tarde a outros povos  .
Este conhecimento teria sido  a base para a  criação de mitos disseminados  universalmente  e compartilhados por civilizações muito distintas no espaço geográfico e no tempo .
A tese de  Santillana ( 1902 – 1974 ) e Dechend ( 1915 – 2001 ) foi severamente criticada pelo mundo acadêmico e o livro foi virtualmente ignorado pela comunidade científica internacional que exigia comprovações concretas    daquilo  afirmado  pelos autores .
Após a morte de Santillana , em 1974 , HertaVon Dechend  continuou a publicar  reedições  da obra  . Alguns críticos , apesar das restrições à tese defendida  no livro ,  recomendam sua leitura pelo farto cabedal de informações  sobre Ciências Humanas  ali contido , considerando – o  “uma obra  instigante” .
Segundo alguns defensores destas teorias , a ausência de traços materiais desta avançada civilização pré – histórica  seria devida a um grande cataclismo telúrico , ocorrido  numa Era antediluviana .
Esta catástrofe colossal que teria extinguido quase por completo os seres humanos , também teria destruído suas obras ( artefatos e edificações ) apagando assim seus vestígios , as provas físicas de sua existência .




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