Os arqueoastrônomos , por unanimidade , aceitam que os conhecimentos e tradições astronômicas iniciadas na Mesopotâmia ( 5.000 a.C. - 331 a.C. ) com os assírios e caldeus continuaram com os medos , persas , hindus , egípcios , gregos e romanos ; por meio destes dois últimos chegaram até nós .
Porém , de tempos em tempos , surgem alguns estudiosos que defendem a existência de uma civilização de grande saber astronômico e de avançada tecnologia em datas bem anteriores à Mesopotâmia . Entre estes , destacaram-se o abade Moreux , Giorgio Santillana e Hertha Von Dechend .
Hipótese do abade Moreux ( União Primigênia dos Homens e sua Posterior Dispersão )
O religioso Théophile Moreux ( 1867 – 1954 ) astrônomo francês , notabilizado por sua paixão em divulgar a Astronomia ( “La Revue Du Ciel” ) acreditava que :
1 - as tradições astronômicas comuns a civilizações atualmente muito diferentes deveriam remontar a uma Era em que os homens todos estavam reunidos e compartilhavam dos mesmos conceitos e observações astrais ( União Primigênia ou Primordial ) .
2 - naquele mundo anterior unido , teria havido uma brusca ruptura e como resultado , os homens perderam contato uns com os outros . (Dispersão).
3 – contudo , os povos dispersos conservaram alguns nomes , tradições mitológicas e científicas comuns , mas depois da separação teriam decaído
3 – contudo , os povos dispersos conservaram alguns nomes , tradições mitológicas e científicas comuns , mas depois da separação teriam decaído
Hipótese de Santillana e Von Dechend
O livro “Hamlet’s Mill” ( 1ª Ed . Boston , 1969 ) por Giorgio de Santillana ( professor de História da Ciência , do MIT ) e Hertha von Dechend (cientista da Johann Wolfgang Goethe – Universität ) versa sobre a relação entre Astronomia e Mitologia , a partir da perspectiva da História e Mitologia Comparadas .
Os autores acreditam que entre 4.000 a.C. e 100 a.C . teria existido um sistema arcaico de conhecimento astronômico prevalente no mundo proto – civilizado ou civilizado .
Segundo eles , nossos mais remotos ancestrais estavam particularmente fascinados e envolvidos com observações astronômicas e fizeram várias descobertas fundamentais , atribuídas mais tarde a outros povos .
Este conhecimento teria sido a base para a criação de mitos disseminados universalmente e compartilhados por civilizações muito distintas no espaço geográfico e no tempo .
A tese de Santillana ( 1902 – 1974 ) e Dechend ( 1915 – 2001 ) foi severamente criticada pelo mundo acadêmico e o livro foi virtualmente ignorado pela comunidade científica internacional que exigia comprovações concretas daquilo afirmado pelos autores .
Após a morte de Santillana , em 1974 , HertaVon Dechend continuou a publicar reedições da obra . Alguns críticos , apesar das restrições à tese defendida no livro , recomendam sua leitura pelo farto cabedal de informações sobre Ciências Humanas ali contido , considerando – o “uma obra instigante” .
Segundo alguns defensores destas teorias , a ausência de traços materiais desta avançada civilização pré – histórica seria devida a um grande cataclismo telúrico , ocorrido numa Era antediluviana .
Esta catástrofe colossal que teria extinguido quase por completo os seres humanos , também teria destruído suas obras ( artefatos e edificações ) apagando assim seus vestígios , as provas físicas de sua existência .
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