sábado, 30 de outubro de 2010

ITAQUATIARA DO INGÁ - FOTO PANORÂMICA - POSTAGEM 46


Foto panorâmica do painel vertical da itaquatiara ( pedra lavrada ) do Ingá , considerada como o maior e mais importante monumento arqueológico brasileiro do seu gênero .


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

LISTA DAS POSTAGENS MAIS RECENTES ( 31 - 44 ) - POSTAGEM 45

Lista das últimas postagens ( 30 - 31 ) - 31
Arredores da itaquatiara - fotos - 32 - 33 - 35
Artigo "Algumas Itacoatiaras Paraibanas" por José Anthero Pereira Jr . - 34
Painel vertical , alguns glifos do - fotos - 36
Escorpião e a itaquatiara do Ingá ( painel vertical ) - texto e imagens - 37 - 38 - 39 - 40 - 41 - 42 - 43 - 44

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERTICAL ) - POSTAGEM 44



O Escorpião (Scorpius) , a nona constelação zodiacal é uma das poucas constelações que se assemelha  à figura que representa  ; originalmente as estrela que equivaliam  às pinças ( “garras” ) do Escorpião dirigiam -se para Virgem , mas atualmente  estas  pertencem  à  Balança.
Escorpião é uma das mais antigas constelações identificadas e  registradas  na História da Astronomia . Na Babilônia ( 5.000 a .C . - 550 a . C . ) ela era chamada Mul . Gir . Tab , literalmente , " aquele ser com um ferrão que queima ( arde ) , numa inequívoca alusão ao artrópode .
Segundo os helenos , Escorpião foi o animal enviado por Artêmis (Diana ) para ferroar e matar  Órion ; para evitar novos conflitos ,  os deuses do Olimpo colocaram ambos separados nos céus .  Quando Escorpião descamba a oeste , Órion começa a  levantar – se no ponto oposto , a leste , tal como se observa astronomicamente .     
Escorpião exibe  16  estrelas  visíveis a olho nu ; sua  alfa é Antares – a  rival de Ares   ( Marte ) que representa o “coração” do aracnídeo ; seu brilho rubro semelhante ao planeta vermelho destaca-a imediatamente , sendo a estrela mais vermelha de todo o céu . Três estrelas marcam a “cabeça” do Escorpião  e além de Antares , destacam-se  Deschubba na frente e Shaula e Lesath   no “ferrão” , em cujas proximidades  observam – se a olho nu os aglomerados M 6 e M 7 .
A posição desta constelação ao longo da projeção do Equador Celeste ,  nos céus faz com que ela seja percebida a partir de todos os locais habitados da Terra . A cauda de Escorpião aponta para o Hemisfério Celeste Sul .
Em  134 a . C . Hiparco registrou o aparecimento de uma Nova em Escorpião , que abalou o  conceito aristotélico  de um Firmamento imutável e eterno ,  onde não poderiam surgir novas  estrelas .
O sol percorre as estrelas de Escorpião entre 23  e 30 de novembro ; de 30 de novembro a 18 de dezembro o Sol desloca-se em Ofiúco , considerada por esta razão  como a décima terceira constelação zodiacal .
A melhor visibilidade de Escorpião ocorre em Julho ; neste mês ,  para um observador situado no Hemisfério Norte ela é percebida  baixa , próxima  do horizonte sul . Para nós , do Hemisfério Sul , ela é vista bem alta nos céus .




ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL BERTICAL ) - POSTAGEM 43

Carta Celeste mostrando Escorpião ( Scorpius ) , ver seta . Esta constelação localizada no Hemisfério Celeste Sul , tem Declinação  de - 30 graus e Ascensão Reta de 16 h . O Sol percorre suas estrelas entre 23 e 30 de novembro e é melhor observável às 21 hr. em julho .

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERTICAL ) - POSTAGEM 42

Carta Celeste com Escorpião ( Scorpius ) , entre Balança ( Libra ) e Sagitário ( Sagittarius ) , no alto . Em baixo ,  figuração de Escorpião cuja estrela mais brilhante é a vermelha  Antares e que representaria o coração rubro do artrópode .

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERTICAL ) - POSTAGEM 41



A constelação zodiacal  de Escorpião ( Scorpius ) é uma das  poucas  cujo nome se assemelha à figura que representa . Este artrópode que existe há 400 milhões de anos , tem "habitat" quase universal e  é historicamente  temido por sua peçonha , às vezes letal .
 

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERTICAL ) - POSTAGEM 40

Figuração de Escorpião ( em Uranographia ( 1690 ) ,  de Johan  Hevelius  ( * 1611 + 1687 ) , adaptada pelo autor para um observador no Hemisfério Sul . 

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERTICAL) - POSTAGEM 39

Figuração de Escorpião num Zodáico circular ( destacada em negro ) .

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA DO INGÁ - POSTAGEM 38

No painel vertical da itaquatiara há um glifo formado por 58 mossas ( depressões hemisféricas ) que parece - nos
ser a figuração da constelação zodiacal  de  Escorpião ( Scorpius ) .

ESCORPIÃO E A ITAQUATIARA ( PAINEL VERICAL ) - POSTAGEM 37

Correlação entre  Mapa Celeste com estrelas de Escorpião ( em cima ) , figuração desta constelação ( meio ) e glifo da itaquatiara ( painel vertical ) na parte inferior , que representaria a citada constelação zodiacal . 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DO INGÁ - POSTAGEM 36

Glifos do painel vertical da itaquatiara , à extrema esquerda do observador .

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - POSTAGEM 35

Próximos à itaquatiara , alguns "matacões" mostram fissuras ( rachaduras ) devidas à ersoão térmica  causada por variação da temperatura local . O fator gerador seria uma expansão  alternada com contração da massa rochosa pelo frio e calor . Realçados com cal , salientam- se alguns glifos .   

REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL ( São Paulo ) - Vol.CIII , Jun-Jul ,1945 - POSTAGEM 34

O artigo "Algumas Itacoatiaras Paraibanas" , de José Anthero Pereira Jr., publicado na Revista do Arquivo Municipal ( São Paulo ) -Vol .CIII - Jun-Jul -1945 ,é considerado como um texto seminal sobre a itaquatiara do Ingá . 

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - POSTAGEM 33

Formações geológicas em bloco de gnaisse próximo à itaquatiara , consideradas por alguns pesquisadores como "inscrições cuneiformes"  

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - POSTAGEM 32

Inscrições são observadas não só apenas entre as "bocas" dos "caldeirões" , como também em seus interiores . 

LISTA DAS 10 ÚLTIMAS POSTAGENS - POSTAGEM 31

Livro " Os Astrônomos Pré-Históricos do Ingá " - 2a.edição - Postagem 30
Painel Vertical da itaquatiara do Ingá ( fotos ) Postagens  29 , 28 , 27 ,23 e 22
Arredores da itaquatiara , "caldeirões" - ( fotos )  -  Postagens  26 , 25 e 24
Índice das Postagens anteriores - Postagem 21

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

LIVRO "OS ASTRÔNOMOS PRÉ_HISTÓRICOS DO INGÁ II - Texto 30

Capa da 2a . edição de "OS ASTRÔNOMOS PRÉ - HISTÓRICOS DO INGÁ",  2007 ,  Editora e Gráfica Sãojoanense , SJBV , São Paulo .  

domingo, 24 de outubro de 2010

PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DO INGÁ - (Foto) -TEXTO 29

Os glifos acima mostram-se de dois tipos diferentes quanto à feitura : a) como depressões hemisféricas ( mossas ou capsulares ) na parte mais alta ; b) como sulcos de secção semicircular ( caneluras , meia-canas ) .

PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DO INGÁ - ( Foto ) - TEXTO 28


Inscrições na extrema direita do painel vertical da itaquatiara , isoladas do grupo principal dos petróglifos  


PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DO INGÁ (Foto) - TEXTO 27

Visão de conjunto dos glifos do painel vertical da itaquatiara ,  no sentido norte ( à direita ) - sul

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 26

As formações chamadas de "caldeirões" junto à  itaquatiara   são depressões geradas por pedras soltas que ,  trazidas pela correnteza do rio Ingá  e agitadas por movimento turbilhonário ,  atuam como brocas no gnaisse .   

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - Texto 25


Glifos , realçados com cal , inscritos  nos "caldeirões" da itaquatiara de Ingá


sábado, 23 de outubro de 2010

FISIOGRAFIA DA REGIÃO DA ITAQUATIARA - TEXTO 24


A itaquatiara do Ingá  situa-se na zona fisiográfica da caatinga litorânea da Paraíba , entre o litoral e o planalto da Borborema . Nesta  ,  as chuvas são escassas , a temperatura é elevada e a flora é composta por  arbustos com escassa folhagem  e caules com espinhos , tal como se observa nas plantas suculentas ( cactáceas ) .  


PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DE INGÁ - TEXO 23

DETALHE DOS GLIFOS DO PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA

PAINEL VERTICAL DA ITAQUATIARA DE INGÁ - TEXTO 22

Visão de conjunto do painel vertical da itaquatiara do Ingá , com petróglifos inscritos no grande bloco de gnaisse .

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ÍNDICE ALFABÉTICO DOS TEMAS / PUBLICADOS - TEXTO 21

O número ao lado indica a ordem das publicações  e respectivas fotos (entre 1 -20 ) .

Arredores , da itaquatiara – 17 , 16 , 15
Bio e Bibliografia de Francisco Faria – 3
Capricórnio – 8
Espirais – 10
Filatelia - 18
Itaquatiara de Ingá , A  ( descrição ) – 2
Localização ( Mapas) , da itaquatiara – 14 , 13 , 12
Mapas ( Localização ) , da itaquatiara – 14,13,12
Órion – 5
Plêiades – 4
Sagitário – 6
Sírio - 1
Sol , o ( e a itaquatiara ) – 20 e 19
Topo , Glifos do ( da itaquatiara ) – 11

O SOL E A ITAQUATIARA DE INGÁ - TEXTO 20


        Na parte mais elevada do painel vertical , entre esta e o topo plano  da itaquatiara do Ingá , existe um glifo que seria uma  figuração do Sol .
Este petróglifo tem a forma de uma hemi – circunferência de concavidade voltada para cima e da qual emanam 21 curtos sulcos , à maneira de raios .
Cerca de cinco décadas atrás , quando principiamos nossas visitas à itaquatiara , esta inscrição rupestre era  bastante explícita ; atualmente porém , graças à erosão , é preciso observa – la com detenção . Por sua vez , as fotos atuais exigem uma iluminação maior que antes , para destacar todos os seus detalhes .

O SOL E A ITQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 20

Na parte mais elevada do painel vertical da itaquatiara há um glifo pouco visível porque  bastante desgastado e  que poderia ser a figuração do Sol .

O SOL E A ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 19

O glifo que representaria o Sol , realçado na foto superior . Na foto inferior , o mesmo glifo sem realce e em "close" .

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FILATELIA E A ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 18


Selo da série " Arqueologia Brasileira " ,  reproduzindo os lavores da itaquatiara do Ingá  emitido pela ECT , em 1975


ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 17

Próximos à itaquatiara encontram-se os "caldeirões", cavidades de forma , diâmetro e profundidades variadas , causadas por uma intensa e prolongada erosão . Algumas inscrições são observadas dentro e entre as "bocas" destas formações .

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ARREDORES DA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 16

Trecho do rio Ingá por trás da itaquatiara onde , após se escoar levemente encachoeirado , forma um remanso por entre fragmentos rochosos resultantes da dinamitação parcial do sítio arqueológico em 1953 .

ARREDORES DA ITAQUATIARA DE INGÁ - TEXTO 15

Grandes blocos de gneiss à margem do rio Ingá , por trás da itaquatiara e fragmentados por largas e extensas fissuras resultantes do intemperismo térmico

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

GLIFOS DO TOPO DA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO 11


       
No topo plano do monólito de Ingá , a inscultura principal é composta por três círculos concêntricos seccionados simetricamente por um  sulco reto , alinhado no sentido noroeste – sudeste .  O diâmetro do círculo maior é de 60 cm.
A extremidade noroeste deste  sulco termina com uma depressão circular ; partindo de sua extremidade sudeste ,  uma série de 26 mossas esféricas  dirige – se  obliquamente em direção ao  painel vertical , como que interligando estes conjuntos de glifos .
Um outro glifo , oblongo , em de forma de clava , com cerca de 1 m de comprimento , parte da superfície do  topo em direção ao painel vertical ; suas extremidades são rombas e aquela inferior é mais larga  que a superior . 
 Esta última  figura é sulcada  horizontalmente por 8 traços que a dividem  em pequenos quadrados ; uma série de minúsculas depressões puntiformes  encontra-se no exterior e interior do glifo.
A erosão( esfoliação de lamelas ) no topo da itaquatiara  é muito intensa e lamentavelmente ,  outros glifos  locais   estão no limite da percepção visual .












GLIFOS DO TOPO DA ITAQUATIARA DO INGÁ

Não obstante a intensa erosão ( esfoliação lamelar ) do topo da itaquatiara , este glifo permanece relativamente intacto .  

GLIFOS DO TOPO DA ITAQUATIARA DO INGÁ

Uma sucessão de 26 depressões hemisféricas ( capsulares , mossas ) dirige-se do topo para o painel vertical

GLIFOS DO TOPO DA ITAQUATIARA DO INGÁ

domingo, 17 de outubro de 2010

GLIFOS ESPIRAIS E A ITAQUATIARA DO INGÁ - Texto 10



Uma espiral , na Matemática , é uma curva aberta que descreve  várias voltas em torno de seu centro , aproximando-se ou afastando-se dele segundo o sentido ( horário ou anti - horário ) , em que se percorre a curva .
Para os esotéricos , a espiral , um dos mais importantes símbolos universais , representaria  o arquétipo do  Cosmos  e simbolizaria  o processo evolutivo do Universo . Para algumas civilizações as espirais significariam o ciclo nascimento – morte – renascimento tal como acontece com o Sol que nasce a cada manhã , morre a cada noite e renasce na manhã seguinte .
As inscrições rupestres  espiraladas  são   encontradas universalmente , mas entre os arqueólogos não há  um consenso sobre o que possam exatamente significar . Estas figuras certamente tinham um sentido específico  para os povos  do Megalítico ( na Europa , entre 4.800 e 1200 a.C ) que as confeccionaram , significação esta que , infelizmente , teria se perdido  ao longo do tempo .
Os petróglifos  espirais podem ser encontrados isolados , reunidos  em pares  , em trios ou em  mais números ; seus braços ao partir do centro podem se abrir em sentido horário ou anti-horário .
O formato em espiral  é um padrão frequente em vários elementos e fenômenos da  Natureza  ( cursos d’água , correntezas , remoinhos d’água e de vento , ciclones , etc. ) . Nos Reinos Vegetal e Animal formações  em espiral observam-se  em plantas ( pinhas ) , moluscos (conchas) , fósseis de amonites , etc . No Homem  , no ouvido interno  acha-se a  cóclea ,  uma estrutura espiral ; certo padrão  da nossas  impressões  digitais é espiralado .
Universalmente , mas sobretudo na Eurásia e Japão,
as cobras  foram simbolizadas por espirais .   
No Cosmos encontram – se macro - estruturas espiraladas : as galáxias .
Adeptos das hipóteses de Erich Von Däniken (  “Eram os Deuses Astronautas ? ” ) acreditam  que alguns petróglifos   espiralados , inclusive aqueles de Ingá , representariam a nossa galáxia ; isto  indicaria que avançados conhecimentos   astronômicos  teriam sido transmitidos  por extraterrestres aos terráqueos , na  Pré – História .   
 Alguns arqueoastrônomos  aceitam  certas  espirais rupestres como figurações  do Sol , dos Equinócios e / ou dos Solstícios . 
Para determinados   esotéricos  , as espirais seriam símbolos  da   viagem espiritual do interior para o exterior ou de  uma ponte  entre Universos  de dimensões diferentes .
Parece , portanto ,  não haver uma significação única ou um  simbolismo universal para as espirais , mas um significado   variável , segundo   os povos e as épocas em que foram feitas .

Espirais em vários países , inclusive no Brasil

Nos Estados Unidos , os petróglifos em espiral estão  habitualmente localizados  no Arizona , Arkansas , Califórnia, Novo México e Utah .
No Estado de Ohio encontra-se a maior representação de uma serpente do mundo ( c.1070 d.C.) , o  “ Great Serpent Mound”   ( monte  artificial de terra ) com 366 mt . de comprimento ,  sob a  forma de uma cobra  que engole um ovo . A cabeça do ofídio é representada por um triângulo e a sua cauda por espirais .  
Em Chaco Canyon , Novo México (EUA) , um feixe  de luz do sol do meio-dia , projetado  por  uma fenda  de uma laje , ilumina e divide vertical e simetricamente um petróglifo em  espiral , no solstício de verão do Hemisfério Norte .
Em vários  países europeus , os petróglifos em espiral geralmente são encontrados próximos a dolmens , as construções  megalíticas  tumulares coletivas do Neolítico (  V milênio a.C. -  III milênio a.C.) .
Na República da Irlanda , encontram-se   as famosas espirais “célticas” (  3.300 a.C. - 2900 a.C.)  na entrada do  túmulo megalítico de Newgrange ,  bastante conhecido por arqueólogos e turistas . Anualmente , a  câmara sepulcral e o corredor que lhe dá acesso são  iluminados pelos raios do  sol nascente no solstício  de dezembro ( solstício de inverno para o Hemisfério Norte) , num evento que atrai centenas de visitantes .
Formas espiraladas também estão presentes na cerâmica da cultura  minóica ( 2.700 a.C . – 1.450 a.C .) na Ilha de Creta e no capitel das colunas gregas da ordem jônica .
Motivos decorativos em  espirais  são fartamente usados  na arquitetura do  Barroco ( 1580 – 1756 ) . 
        No Peru , no deserto de Nazca , entre as figuras desenhadas entre 200 a.C e 700 d.C. e estudadas pela arqueóloga alemã Maria Reiche ( 1903 – 1998 ) , encontra-se aquela de um símio , cuja cauda é representada por espirais .
No Brasil , as espirais como elementos decorativos  encontram – se pintadas nos utensílios cerâmicos  da Civilização  Marajoara ( 400 d.C. - 1.400 d.C.) .


As espirais da itaquatiara de  Ingá
       
Na itaquatiara de Ingá , os  petróglifos em espiral encontram-se no painéis vertical e horizontal . 
No painel vertical , há dois glifos espiralados ; o menor deles encontra-se à esquerda do conjunto de inscrições  e seus braços têm um sentido horário; um  outro , maior , contido num círculo e cujas espirais abrem-se em direção anti - horária , situa-se  num bloco mais destacado  e  à direita  do citado conjunto .
        No painel  horizontal , no seu segmento  mais setentrional observa-se com muita dificuldade , uma desgastada espiral gravada  muito superficialmente no granito .
        Nosso ponto de vista é que as espirais de Ingá , uma vez  que estão inscritas em painéis com representações estelares , obviamente  devem ter uma conotação astronômica , mas cuja significação mais  precisa ainda nos escapa .








       




GLIFOS EM ESPIRAL E A ITAQUATIARA DO INGÁ

GLIFOS EM ESPIRAL E A ITAQUATIARA DO INGÁ

GLIFOS EM ESPIRAL E A ITAQUATIARA DE INGÁ

sábado, 16 de outubro de 2010

ÍNDICE CRONOLÓGICO DE TEXTOS / POSTAGENS - Texto 9

 Para facilitar consultas aos textos publicados , estes serão numerados segundo ordem cronológica das postagens , a partir deste aviso .
1 - A Estrela Sírio e a Itaquatiara de Ingá 
2 - A Itaquatiara de Ingá , na Paraíba 
3 - Bio e Bibliografia de Francisco Faria
4 - As Plêiades e a Itaquatiara de Ingá
5 - Órion e a Itaquatiara de Ingá
6 - Sagitário e a Itaquatiara de Ingá
7 - " Os Astrônomos Pré-Históricos do Ingá " ( Livro )
8 - Capricórnio e a Itaquatiara de Ingá 
9 - Índice Cronológico de Textos / Postagens

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A CONSTELAÇÃO DE CAPRICÓRNIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ


Capricórnio ( Capricornus ) , a décima  constelação zodiacal ,  está situada no Hemisfério  Celeste Sul  a 21h de Ascensão Reta (AR) e a 20º de Declinação Sul .
Capricórnio é a segunda constelação zodiacal menos luminosa  depois de  Câncer , e   suas   principais e pálidas estrelas dispõem-se sob a forma de um grande triângulo eqüilátero , situado entre Sagitário e Aquário .
O sol “percorre” as estrelas de  Capricórnio entre 20  de janeiro e 16 de fevereiro .  Esta constelação é visível nas latitudes terrestres entre + 60  e  – 90º ; sua melhor  visibilidade ocorre em setembro , às 21 hr  .
Não obstante Capricórnio exibir apenas tênues
estrelas  e não possuir um  asterismo notável , ela tem uma das mais antigas conotações mitológicas  detectadas na Mesopotâmia , já  desde a Idade do Bronze , cerca do 21º século A.C. Este fato aparentemente paradoxal possivelmente  é devido à ocorrência naquela época , do Solstício de Inverno para o Hemisfério Celeste Norte , quando o Sol  transitava entre suas estrelas .

Trópico de Capricórnio

A  palavra “trópico”  vem do grego “tropos” ( retornar , voltar ) , uma alusão ao fato  de que o Sol parece retroceder  ao longo da linha do horizonte ,  nos solstícios .
O nome Trópico de Capricórnio designa o paralelo terrestre  ao sul  do Equador , situado na latitude de 23º e  30’ . Esta linha imaginária   marca o ponto meridional  mais afastado , no qual o Sol pode ser visto diretamente acima do observador , ao meio – dia .
Como dissemos , há cerca de 2.000  anos , o  solstício de dezembro (início do inverno e  do verão, respectivamente  para os Hemisférios Norte e Sul ) ocorria quando o Sol aparentemente estava entre a estrelas de  Capricórnio . 
Atualmente , graças à Precessão Equinocial , o Sol deslocou – se  no sentido oeste e “parece estar”   na vizinha constelação de Sagitário quando ocorre o Solstício de Dezembro .

Simbologia e Mitologia

Na Mesopotâmia ( 5.000 a.C. – 539 a.C.) associava-se Capricórnio à figura do deus Enki ou Ea , importante no panteão sumério e venerado como Senhor da  Terra , deus do  Conhecimento e da Sabedoria . Seus símbolos iconográficos eram o peixe , a cabra e a serpente que foram fundidos num único animal mítico , o Capricórnio .
Na Antiga Grécia (776 a.C. – 323 a.C ) , esta  constelação estava identificada com Almatéia , a cabra que amamentou  Zeus , após sua mãe Réa tê - lo salvo de ser devorado por seu pai , o deus Cronos . Os chifres de Amaltéia foram transformados na Cornucópia , símbolo de abundância e de riqueza .
Na iconografia , a constelação de  Capricórnio é geralmente representada  como  um animal  híbrido , um caprino com escamas e cauda de peixe ou um peixe com cabeça de cabra .
A estrela principal ( alfa ) de Capricórnio , Algedi , representa a cabeça do exótico animal e Deneb Algedi a sua cauda .

Capricórnio na itaquatiara de Ingá .

Parece-nos que Capricórnio estaria representada no painel vertical da itaquatiara de Ingá , pelo glifo  cuja imagem  reproduzimos em anexo .
Tal como acontece com muitos outros petróglifos   ingaenses , é um desafio tentar descrevê-lo com exatidão ,  face  à  singularidade de seu traçado .







CAPRICÓRNIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

CAPRICÓRNIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

CAPRICÓRNIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

Carta Celeste mostrando a constelação zodiacal de Capricórnio a 21h de Ascensão Reta (AR) e a 20 graus  de Declinação Sul . 

CAPRICÓRNIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

OS ASTRÔNOMOS PRÉ-HISTÓRICOS DE INGÁ

Leia trechos do nosso livro na Internet , em Google Books

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

POSTAGENS ANTERIORES

1 - SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ
2 - ÓRION E A ITAQUATIARA DE INGÁ
3- AS PLÊIADES E A ITAQUATIARA DE INGÁ
4- BIO E BIBLIOGRAFIA DE FRANCISCO FARIA
5 - A ITAQUATIARA DE INGÁ
6 - A ESTRELA SÍRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

Sagitário
       
A constelação zodiacal de Sagitário ( Sagittarius ) ,  limita –se ao norte com a Serpente ( Serpens ) ; o Escudo ( Scutum ) e Águia ( Aquila ) ; ao sul com a Coroa Austral ( Corona Australis ) e Telescópio ( Telescopium ) ; a oeste com Ofiúco ( Ophiucus ) e Escorpião ( Scorpius ); a leste com Capricórnio ( Capricornus ) e Microscópio ( Microscopium ) .
Sagitário pertence ao Hemisfério Celeste Sul , estando situada a  19h de ascensão reta (A.R) e a 25º de declinação sul .
Sagitário é a nona constelação do Zodíaco e  significa aquele que está armado com arco e flecha (“sagitta”, em latim ) ou arqueiro .
Esta constelação  é percebida  nas latitudes terrestres entre + 55º e – 90º e está  bem visível  nos Céus de  agosto , às 21,00 hr . 
Suas estrelas são “percorridas” pelo Sol  entre 18 de dezembro e 18 de janeiro ; portanto ,  nesta  constelação se situa  o Solstício de Verão  para o nosso hemisfério ( 22 . dez .) . 
Na região de Sagitário há cerca de 15  estrelas visíveis a olho nu e embora  não observe  nenhuma estrela de primeira magnitude , ele é  abundante em nebulosas e aglomerados estelares .
        Sagitário  exibe três asterismos interessantes : o Arco e a Flecha do Arqueiro,o Bule de Chá e a Caneca de Leite ; entre as estrelas alfa e zeta encontra-se a Coroa Austral ( Corona Australis ) formada por estrelas dispostas em semicírculo . Na  direção de Sagitário encontra – se o núcleo de nossa Galáxia , o ponto em torno do qual giramos no Universo .

Sagitário nas antigas civilizações

Para os povos Mesopotâmicos ( 5.000 a.C. – 539 a.C. ) a constelação de Sagitário simbolizava o terrível  Nergal , deus das guerras,das doenças ,da  morte e Senhor dos Infernos
Segundo  os antigos gregos ( 776 a.C. – 323 a.C ) as estrelas de Sagitário representavam a figura do centauro Quíron , que , diferentemente de seus semelhantes  ,bebia moderadamente , era gentil , sábio e culto  por isso    tornara-se mestre de notáveis tais como Hércules e do médico Esculápio
Numa trágica disputa por uma ânfora de vinho entre os centauros e Hércules , este matou muitos deles e   involuntariamente flechou mortalmente  Quíron , que não participava da refrega . Zeus , que presenciara o infausto  acontecimento e comovido com o pesar  de Hércules imortalizou  Quíron , levando –o aos céus , transformado numa constelação .
Segundo uma outra interpretação grega , Sagitário representa um centauro com um arco retesado , prestes a disparar  uma seta contra  a rubra estrela Antares ( rival de Ares /Marte ) ,  “coração” do maligno  Escorpião .

Sagitário na itaquatiara de Ingá
       
Parece – nos  que , no painel vertical da itaquatiara de Ingá , a constelação de Sagitário estaria representada por
um glifo antropomorfo ( ver ilustrações ) .
        As linhas que unem as principais estrelas de Sagitário assumem a forma de um Y que poderia ter servido de base ( substrato astronômico ) para esta pictografia ; nela se percebe uma figura humanóide  com os braços erguidos .
        Muitos  anos atrás , ouvi o festejado  pintor paraibano Raul Córdula Filho referir-se graciosamente a este glifo   como “ o macaquinho” .

SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

ITAQUATIARA DE INGÁ

SAGITÁRIO E A ITAQUATIARA DE INGÁ

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Órion - Um Gigante Caçador nos Céus

A constelação de Órion, facilmente identificável, é uma das maiores dentre aquelas dos céus hibernais no Hemisfério Norte e estivais no Hemisfério Sul (veja a foto).
Órion (O Caçador), é visível praticamente de todas as regiões habitadas da Terra (entre as latitudes de + 85º e – 75º), tem a forma de uma ampulheta (veja a foto) e é seccionada pelo Equador Celeste; assim, ela pertence a ambos os Hemisférios Celestes. A época para sua melhor visualização ocorre em Janeiro, às 21.00 hr.
O nome Órion viria do sumério Uru – Anna (a Luz do Céu), título do mítico herói caldeu Tamuz, filho do Sol, que se teria tornado mais tarde o Adônis grego.
Segundo uma das versões da mitologia grega, Órion filho de Netuno e da ninfa Euridale, era um gigante caçador, amado pela deusa Ártemis, mas odiado por Apolo, irmão desta. Em certa ocasião, Apolo ao perceber que Órion vadeava pelo mar apenas com a cabeça fora d´água, desafiou a irmã, exímia caçadora, a acertar o alvo que se movia. Desafiada e enganada, Ártemis disparou uma seta que certeiramente atingiu Órion, matando-o. Esta deusa, desolada e em meio a lágrimas, pediu a Zeus que colocasse o seu amado entres as estrelas.
Uma outra versão do mito relata que Órion morreu pela picada de um Escorpião Gigante enviado por Geia, deusa da Terra, preocupada com a ameaça feita pelo Caçador, de extinguir todos os animais do nosso planeta.
Órion e Escorpião foram transformados em constelações pelos deuses do Olimpo, mas colocados em pontos afastados nos Céus para evitar novas refregas; assim, nunca são vistos simultaneamente e apenas quando um deles declina é que o outro se levanta.

Iconografia de Órion

Na iconografia européia, Órion é representado por uma figura antropomorfa segurando uma clava, e que com a outra mão sustenta um escudo feito com couro de leão (veja a foto); de seu cinto (Cinturão de Órion) pende uma espada (Espada de Órion). Nas suas proximidades encontram-se seus dois sabujos (Cão Maior e Cão Menor) e o rio Eridano; aos seus pés acham-se os animais por ele caçados, a Pomba (Columba) e a Lebre (Lepus).

Astronomia da constelação de Órion

A mítica figura do Caçador Órion é a constelação mais bela e a mais conhecida do nosso céu estival. Ela é formada por sete estrelas principais, das quais cinco delineiam um grande trapézio.
Betelgeuse (alfa de Órion), uma estrela de cor avermelhada, a segunda mais brilhante de Órion, a 10ª ou a 12ª em luminosidade dos céus; não obstante ter a designação de alfa na classificação de Johann Bayer (1572 – 1625), ela não é mais brilhante que Rigel (beta de Órion).
Esta estrela representa o ombro direito do Gigante e está situada a apenas 7º acima do Equador Celeste (declinação de +7º), pertencendo portanto ao Hemisfério Norte. Betelgeuse é uma estrela variável cuja Magnitude Visual (0,58) oscila de maneira semi-regular.
Rigel (beta de Órion), a estrela mais brilhante de Órion, a sexta mais luminosa dos céus, de um brilho azul-esbranquiçado, situa-se diagonalmente oposta à precedente e representa o pé ou o joelho esquerdo do Caçador. Ela está localizada 8º abaixo do Equador Celeste (Declinação de – 8º) e sua magnitude visual é de 0,18.
Saiph (kappa), que representa o joelho ou o pé direito do Gigante, é 51ª estrela mais brilhante dos Céus e sua Magnitude Visual é de 2,05.
Bellatrix (gamma), a “Guerreira”, branco-azulda, representa o ombro esquerdo do Caçador e a 3ª estrela mais brilhante desta constelação é 27ª estrela mais brilhante do Firmamento, e tem Magnitude Visual de 1,64.
Meissa (lambda) representa a cabeça do Caçador Celeste.

Astronomia do Cinturão de Órion

No centro deste trapézio encontram-se três estrelas Alnitak (zeta), Alnilan (epsilon) e Mintaka (delta) dispostas obliquamente, em linha reta e igualmente espaçada que constituem o Cinturão de Órion. Elas são popularmente conhecidas como as Três Marias ou os Três Reis Magos. A estrela mais ao norte no Cinturão, Mintaka, fica muito próxima do Equador Celeste e o acompanha pelos Céus.

Equador Celeste

O Equador Celeste se constitui num ponto de referência muito importante em astronomia, porque divide os Céus em dois Hemisférios Celestes, o do Norte e do Sul.
O Equador Celeste ao passar ao norte de Mintaka secciona Órion em duas metades: uma localizada no Hemisfério Celeste Norte (setentrional) e outra situada no Hemisfério Celeste Sul (meridional) (veja a foto). Rigel e Saiph localizam–se no Hemisfério Celeste Sul e Betelgeuse, Bellatrix e Meissa situam-se no Hemisfério Celeste Norte.

Astronomia da Espada de Órion

Próxima ao Cinturão, observa-se a olho nu, a Espada de Órion, um asterismo formado por três estrelas de fraca luminosidade. A “estrela” do meio, em realidade, é a Grande Nebulosa de Órion (M 42), um “berçário estelar”.
Na Austrália, os asterismos do Cinturão e da Espada de Órion são chamados popularmente de “The Pot” (a Caçarola ou Panela) porque lembram este utensílio de cozinha.
Tal como acontece com as demais constelações concebidas pelos povos do Hemisfério Norte, Órion é percebida de “cabeça para baixo”, pelos habitantes do nosso Hemisfério.

Órion, uma baliza dos Céus

Órion limita-se com Touro (norte e oeste), Lebre (sul), Gêmeos e Unicórnio (leste) e Eridano (oeste).
As estrelas de Órion são importantes pontos de reparo que auxiliam na localização de constelações vizinhas.
- Sírio (Cão Maior) é localizada através do prolongamento sudeste de uma reta que passa pelo Cinturão de Órion (Três Marias).
- Aldebrarã (Touro) é localizada através da extensão Noroeste de uma reta que passa pelo Cinturão de Órion (Três Marias).
- Castor e Pólux (Gêmeos) são localizadas pela extensão de uma reta que une Rigel a Betelgeuse.
- Prócion (Cão Menor) é encontrada através de uma reta que liga Bellatrix a Rigel.
- Uma reta partindo de Saiph (kappa de Órion) e passando por Meissa (lambda de Órion) após passar em Elnath (beta de Touro ou gamma de Cocheiro) atinge Capella (alfa de Cocheiro), de cor amarelada, a 6ª estrela mais luminosa do céu.
Estes dados astronômicos são importantes porque também permitem, até um certo ponto, correlacionar certos glifos da itaquatiara com as estrelas de constelações, vizinhas a Órion. Foi deste modo que identificamos os petróglifos que corresponderiam a Sírio e às Plêiades.

Órion e a Arqueoastronomia

Órion no Egito dos faraós

            As chamadas “frestas de ventilação” da câmara do faraó Queóps ou Khufu (2589 – 2566 a.C.) na Grande Pirâmide de Gizé, foram alinhadas com as estrelas do Cinturão de Órion.
Os egiptólogos inglêses Robert Bauval e Adrian Heinemann acreditam que as Pirâmides foram implantadas de modo a reproduzir a disposição das estrelas do Cinturão de Órion (Três Marias).

Órion na Alemanha Paleolítica

            Em 2003, o pesquisador alemão Michael Rappenglueck após examinar uma pequena escultura (3,8 cm) do paleolítico europeu, encontrada em 1979, declarou ter identificado ali a mais antiga representação mundial de uma constelação, feita entre 32000 e 38000 anos atrás. O ponto de partida foi um baixo-relevo de uma figura masculina de cintura afinada, braços erguidos e pernas afastadas compatíveis com uma figuração de Órion; outro dado importante para esta interpretação foi o fato de a perna direita ser mais curta que a esquerda.

Órion entre os nossos taulipangues

Segundo o etnológo germânico Theodor Koch–Gruenberg (1872 – 1924) os taulipangues (taurepangues) de Rondônia referiam–se lenda do perneta Jilicavaí ou Jiliguaupu que tendo uma das pernas decepadas pela esposa adúltera subiu aos céus para tomar parte numa constelação formada pelas Plêiades, Touro e Órion. É possível que esta coincidência entre os aurignacenses e os índios brasileiros tenha um substrato astronômico comum, pois se as estrelas que partem de Betelgeuse sugerem um longo membro inferior, o que não acontece com Bellatrix.

As estrelas de Órion na itaquatiara de Ingá

Como dissemos anteriormente, no painel horizontal da itaquatiara de Ingá encontra-se um conjunto de glifos estelares compatível com uma representação da constelação de Órion (veja a foto).
Atualmente, Rigel (beta de Órion) com Magnitude Visual de 0,112, é mais brilhante que Betelgeuse  (alfa de  Órion), com  0,58 de  Magnitude Visual.
Segundo a nossa identificação (veja as fotos) destas estrelas na itaquatiara de Ingá, a estrela mais brilhante ali representada é Betelgeuse e não Rigel . Tudo indica que este deveria ser o aspecto de Órion, por ocasião da confecção da itaquatiara.
Diante deste fato, lembramo-nos de um registro feito pelo astrônomo grego Hiparco (190 a.C.–125 a.C.) indicando que pelo menos há 2 mil anos (veja o esquema), Betelgeuse superava a luminosidade de Rigel.
Esta disputa entre Rigel e Betelgeuse pelo primeiro lugar de luminosidade em Órion, ocorre por conta da variabilidade do brilho desta última.
Ante o esposto, cabe a pergunta: os astrônomos de Ingá teriam sido contemporâneos de Hiparco?