HIERÓGLIFOS MAIAS
A escrita hieroglífica maia é sem dúvidas um dos sistemas de escrita visualmente mais impactante do mundo . Ela é também muito complexa , com centenas de exóticos símbolos ou glifos sob a forma de figuras humanas , animais , seres supranaturais , objetos e desenhos abstratos . Essencialmente , a escrita hieroglífica maia é baseada num silabário e num logograma .
Silabário
O nosso sistema de escrita é baseado em 26 sinais fonéticos de modo que todas as nossas palavras são escritas a partir de várias combinações desses sinais , que listados , formam o que chamamos de Alfabeto .
Diferentemente da nossa escrita , as palavras maias são formadas pelas combinações de cerca de 800 símbolos ( ícones ) e cada um deles representa uma sílaba , de modo que a lista destes sinais é chamado de Silabário , e não de Alfabeto .
Silabário , portanto , é o amplo conjunto de símbolos fonéticos que representam sílabas e não sons idividuais , como no nosso sistema alfabético ( abecedário ) .
Logogramas
Além do Silabário , a escrita maia empregava um grande número de logogramas , sinais que representam palavras ou morfemas ( as unidades básicas de uma palavra ) .
Alfabeto Landa e Epigrafia Maia Atual
Em torno de 1566 , o primeiro bispo católico de Yucatã , Diego de Landa , compilou uma chave para o silabário maia ( Alfabeto Landa ) composto por 27 letras espanholas e os glifos maias , com sons semelhantes.
O primeiro grande avanço na Epigrafia ( ciência que estuda as inscrições antigas ) maia veio em 1952 quando um etnólogo russo , Yuri V . Knorosov ( * 1922 ,+1999 ) propôs que a escrita maia consistía tanto de logogramas como de símbolos fonéticos .
Notáveis progressos de decifração foram feitos durante as décadas de 1970 e 1980 , com novos trabalhos de Knorosov e de outros pesquisadores . Atualmente cerca de 90 % dos textos maias podem ser lidos , apesar de haver alguns glifos ainda indecifrados .
O arqueólogo e epigrafista Michael D.Coe em seu livro “ Breaking the Maya Code” ( Quebrando o Código Maia ) de 1992 , fez um relato emocionante da história decifração da escrita maia .
Sistema Posicional de Numeração maia
O sistema de numeração maia é similar ao babilônico , mas os números escolhidos como bases ( 5 e 20 ) eram diferentes . Eles usavam pontos para representar números menores que 5 ( # 4 = 4 pontos ; #5 = uma linha ; horizontal ; # 6 = uma linha + um ponto ; # 13 = 2 linhas + 3 pontos ) . Mas o # 20 , em vez de ser = 4 linhas ( 4 x 5 = 20 ) era representado por uma concha = 0 com um ponto em cima . Para registrar as vintenas ( múltiplos de 20 ) adotava -se um Sistema Posicional com um zero ( 0 ) para indicar a ausência de um dígito .
A grande vantagem do Sistema Posicional é que se precisa de apenas um número limitado de símbolos para representar qualquer número , não importando o seu tamanho
Sistema de Númeração especial para datas .
Os maias usavam um outro sistema numérico especial para datar suas edificações , “estelas” e calendários .
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