domingo, 22 de maio de 2011

CONSTELAÇÔES EQUINOCIAIS E SOLSTICIAIS TEXTO POST 211

CONSTELAÇÕES SOLSTICIAIS E EQUINOCIAIS



Ocasionalmente , temos nos deparado em alguns textos com as expressões “Constelações Solsticiais” e “Constelações Equinociais”. Que e quais são tais constelações ? Recordemos a propósito , brevemente , os Equinócios e Solstícios .



1 – Equinócio de Março



Por volta de 20/ 21 de março, o Sol , em sua trajetoria ascendente pela Eclíptica ,  cruza o Equador Celeste , rumo ao Hemisfério Celeste Norte .Esta data  assinala   o Equinócio de março, começo da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul . Dias e noite têm igual duração .

Nesta data o Sol está em Peixes (Pisces) com  AR=0 h e Decl =  0 gr.

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2 – Solstício de Junho



Por volta de  21 de junho , o Sol em sua trajetória ascendente pela Eclíptica atinge o seu máximo afastamento ao norte do Equador Celeste . A data  marca o Solstício de Junho .  em Gêmeos ( Gemini)  RA 6h e 23 ½

Nesta data   começa o Inverno no Hemisfério sul e o Verão no Hemisfério norte. Portanto, é o dia mais longo e a noite mais curta no hemisfério norte e o dia mais curto e a noite mais longa no hemisfério sul.

Nesta data o Sol está em Gêmos ( Gemini) com AR-6h e Decl= 231/2 gr .

3 – Equinócio de Setembro



Em 22 / 23 de Setembro, o Sol cruza o Equador Celeste em sua trajetória desendente pela Eclíptica  rumo ao Hemisfério Celeste sul , marcndo   o Equinócio de setembro, começo do outono no Hemisfério Norte e da primavera no Hemisfério Sul . Dias e noites têm igual duração .

Nesta data o Sol está em Virgem com AR=  12 e Decl= 0 hr.



4 – Solsticio de Dezembro



Em 21/22  de dezembro o Sol em seu trajeto descendente pela Eclíptica atinge o maior afastamento ao sul do Equador Celeste . A data  assinala o Solstício  de Dezembro, quando começa o Inverno no Hemisfério Norte e o Verão no Hemisfério sul. Portanto, é o dia mais longo e a noite mais curta no hemisfério sul e o dia mais curto e a noite mais longa no hemisfério norte .

No Solstício de Inverno do Hemisferio Norte os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Câncer  No Solstício de Verão no Hemisferio Sul , os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Capricórnio

Nesta data o Sol está em Sagitario ( Sagittarius ) com AR= 18 h e Decl = 23 ½ hr..

Pelo exposto ,

as Constelações Equinociais são :

- Peixes ( Equinócio de março )  

        - Virgem ( Equinócio de Setembro )

As constelações Solstíciais são :

-  Gêmeos ( Solsticio de junho ) e

-  Sagitário  ( Solsticio de dezembro ) .


CONSTELAÇÕES EQUINOCIAIS E SOLSTICIAIS - IMG -POST 210

Tra;o da Ecliptica ( linha vermelha ) e do Equador Celeste ( linha escura ) no centro da figura . Mapa Celeste com posi;'ao do Sol nos Solst[[icios e Equin[ocios ( em baixo )

209

Em elaboração

POST 209

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MITRAISMO & CRISTIANISMO - TEXTO - POST 208

MITRAÍSMO E CRISTIANISMO  



Acredita – se   que os responsáveis pela introdução do culto de Mitra ( Mitraismo ) , no Império Romano  tenham sido os legionários que serviam  nas  suas guarnições das fronteiras orientais ( 71 d.C.) .

Em finais do século II, o Mitraismo já estava amplamente difundido no exército romano , bem como entre comerciantes, funcionários e escravos . Gradualmente ,  Mitra converteu-se no símbolo do poder , autoridade e triunfo dos imperadores . Numerosos templos (“mithraea” )  foram erguidos  nas guarnições  das fronteiras e dentro do próprio  Império Romano .

Aos poucos ( finais do século III ) , surgiu   um sincretismo entre a religião de Mitra e certos cultos solares de procedência oriental , que confluiu   na religião do Sol Invictus .

Em 25 de dezembro de 274 , o imperador romano Aureliano ( 214 – 276 ) decretou  a religião do Sol Invictus como oficial e proclamou o Deus - Sol como o principal padroeiro do Império ,  dedicando - lhe um templo no “Campus Martius” ( Campo de Marte ) . Muitos romanos passaram então  a professar simultaneamente o Mitraismo e a Religião do Sol Invictus .

No entanto, este período representou o começo do fim do Mitraismo , provocado pelas perdas territoriais que o Império Roma  sofreu em consequência da invasão dos povos bárbaros . A concorrência do Cristianismo , apoiado por Constantino ( 272 – 337 ) , tirou ainda mais praticantes   do Mitraismo .

Gradualmente , o Cristianismo substituiu o Mitraismo ( século IV ) até se converter na única religião permitida com Teodósio (379-395) . Finalmente ,  o mitraísmo foi abolido oficialmente  em 391, sendo provável que a sua prática , embora inibida  , tenha continuado por  várias décadas .

Apenas  durante o século IV é que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos ,até então  a sua principal festa era a Páscoa .

Significados culturais e religiosos do Sol Invictus

Em várias culturas ancestrais pagãs  o Solstício de Inverno era festejado com comemorações que deram origem a vários costumes adotados no Natal atual .

 O Solstício de Inverno, o menor dia do ano, a partir de quando a duração do dia começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão.

Os povos pagãos  da Europa pré-cristã , tinham grande ligação com esta efeméride .

 Alguns monumentos como Stonehenge , foram  construídos de forma a estarem orientados para o por do sol do solstício de inverno e nascer do sol no solstício de verão

Entre os romanos , também nesta época comemorava-se festivamente  a Saturnália , em homenagem a Saturno / Cronos , deus da Agricultura ; convém lembrar que o Império Romano era naquela época ,  uma sociedade agrícola .






MITRAISMO & CRISTIANISMO IMG POST 207

Efígie de Mitra ( em cima ) . Cenas da tauroctonia ( do grego , tauros = touro + ktonos = matar , sacrificar ) , no meio e em baixo . Observar nesta última , a presença na periferia do disco de Constelações Zodiacais . 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A LUA NA ITAQUATIARA DO INGÀ - IMG - POST 206

Com a consolidação  do Cristianismo, a Igreja procurou erradicar totalmente os cultos e símbolos pagãos do Sol e da Lua .
Porém, como não foi totalmente possível erradicá-los,
eles passaram a ser assimilados pela Cristianização , sendo a Virgem Maria a principal herdeira dos atributos das deusas lunares, suas predecessoras. Assim, por exemplo , nas estátuas e pinturas , Nossa Senhora da Imaculada Conceição é representada com o crescente lunar e , por vezes , com a serpente  aos seus pés.


terça-feira, 17 de maio de 2011

A LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO -POST 205

A LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ





LUA -  UMA LANTERNA PRATEADA NOS CÉUS 





A Lua , logo após o Sol , ocupava um lugar privilegiado nas antigas cosmologias e  geralmente era  considerada uma entidade benigna e benfazeja , que espantava  as trevas  e iluminava os caminhos .

No Hemisfério Norte , a  Lua Cheia  mais próxima do Equinócio de Outono ajudava os agricultores ,  ampliando o tempo em que podiam trabalhar após o crepúsculo ; no inverno , os dias mais  curtos eram compensados pela Lua Cheia , iluminando a Terra .

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O  regular comportamento da Lua ( sucessão das fases  )  ensejava uma medida para  medir  o tempo ; a expressão do tipo “depois de muitas luas” é encontrada nas lendas e documentos arcaicos  de várias civilizações .

        As pioneiras  tentativas de sistematização do Cosmo  para explicar  o curso lunar e os fenômenos que o acompanham  variavam segundo os diversos povos ; os nautas da orla marítima  consideravam a Lua , ao lado das estrelas , como um astro – piloto , um guia valioso para navegação .



A Lua no folclore universal



Na Europa , acreditava – se que as bruxas  nas Luas Cheias  desfrutavam de grande  poder energético e que  aproveitavam a efeméride para realizar e potencializar  seus rituais mágicos .

Segundo o  folclore universal , os lobisomens eram pessoas que se transformavam  em lobos , nas noites de Lua Cheia .

O adjetivo “lunático” denota o mito popular que liga  a insânia  às fases lunares  e “viver no mundo da Lua” significa o comportamento alienado  daqueles que fogem  aos padrões  de conduta  social geralmente aceitos.

Algumas culturas , embora de modo não explícito , correlacionaram o ciclo menstrual ( mens = mês )  com o ciclo lunar mensal .



Simbologia da Lua nas antigas culturas



Sabe – se que a Lua ocupa um lugar proeminente  na simbologia religiosa e profana, de todas as culturas antigas. Na iconografia da Antiguidade dos reis e imperadores divinizados em vida, costumava-se pintar o Sol e a Lua por sobre suas cabeças, para indicar  que eles estavam "nas alturas".

Um dos significados universais mais patentes - inspirado nas fases da Lua - é o da Morte e da Ressurreição , porque este astro   nasce , cresce , alcança um auge , míngua e morre para depois ressuscitar .

No Catolicismo , as estátuas e pinturas de Nossa Senhora da Imaculada Conceição se caracterizam  por representarem a Mãe de Cristo tendo  aos pés a Meia - Lua e o dragão ou serpente,     símbolos  provenientes  tanto da cultura universal pagã quanto das páginas bíblicas ( Apocalipse ) .



Calendários Lunares     



As rápidas  e evidentes mudanças dos aspectos da Lua forneceram aos povos primitivos um meio fácil de computar o tempo através de um calendário lunar . Para os antigos habitantes  da Grécia , Israel e Mesopotâmia , um novo mês começava quando ao anoitecer surgia nos céus a lua crescente, ocasião celebrada feericamente  com tochas e fogueiras .



Os Meses Sideral e Sinódico



O mês sideral é o intervalo de  27 1/3  dias  exigido pela Lua  para completar uma revolução e voltar novamente à mesma posição entre as estrelas .O mês sinódico ou mês das fases  é o     espaço de tempo consumido pela Lua entre duas fases homônimas ( de Lua Cheia a Lua Cheia , de Lua Nova a Lua Nova , etc. ) e dura 29 ½  dias .

        Por razões óbvias , os antigos usaram o período sinódico , para o estabelecimento do calendário lunar .



Eclipses lunares e os  megálitos de Carnac ( França)

       

Segundo uma  hipótese de 1874 , os megálitos de Carnac  teriam uma finalidade astronômica  . Na década de 1970 , o arqueoastrônomo inglês  Alexander Thom , de Oxford ,  sustentou que as estruturas em pedra em torno do “Grand Menhir Brisé ( Partido , Quebrado ) ” , comporiam um sofisticado observatório  que permitiria a previsão de eclipses da Lua  ( 4.650 a .C. - 1.400 a .C. ) .

A Lua segundo a mitologia dos indígenas do Brasil

Na teogonia ou mitologia de alguns  silvícolas  brasileiros ,   a Lua era Jacy ,  ao mesmo tempo  irmã e consorte e do Sol ( Coaracy ) .

Seu nome em tupi era composto por  ja =  “fruto"ou “vegetal” , e cy = "mãe";  portanto Jacy era a mãe dos frutos e presidia a vida e o crescimento dos vegetais . Os tupis celebravam festivamente  a Lua Nova ( Jacy Omunhã ) e a Lua Cheia ( Jacy Icauá ) .



A Lua segundo as mitologias da Mesopotâmia , do  Egito e Greco-romana .



Segundo a mitologia da Mesopotâmia , a deidade Sin ( acádia ) ou Nanna ( suméria ) referente à Lua , era uma entidade  masculina , venerada nas cidades de   Harran e Ur e geralmente representada com símbolos lunares ( como um crescente sobre a cabeça ) .

A Lua nunca foi tão importante como o Sol para a mitologia dos antigos  egípcios , embora fosse considerada como o seu equivalente noturno . Diferentemente  do Sol ( Aton ) parece  que a Lua propriamente dita  jamais teria sido venerada porque , como os animais , era considerada mais  como um símbolo ou uma manifestação de certos deuses .

Na iconografia  do Egito dos  faraós , a Lua era simbolizada  por uma combinação do disco da Lua Cheia  com o Crescente Lunar ; os deuses vinculados a ela  eram representados  ostentando este símbolo sobre suas   cabeças .

Selene ( do grego “selas” = luz , claridade )  segundo os antigos gregos , era uma deusa que representava todas as fases da Lua , irmã de Hélios (o Sol) e de Eos (Aurora).

Na Grécia Clássica , nosso satélite natural é identificado como as deusas  Selene , Febe ou  Artêmis  ( seus equivalentes  romanos eram Luna e Diana ) e Hécate .       Artêmis , uma das 12 divindades do Olimpo é símbolo da castidade e da pureza ; a semelhança do crescente da Lua  com um arco , fez com que se lhe dessem os atributos de uma caçadora .

Segundo os gregos , a deusa Lua mostrava –se sob três formas : Selene nos Céus , Artêmis na Terra e Hécate no Mundo Inferior , variáveis segundo as fases lunares .



As causas da marés segundo os índios tupinambás  do Maranhão do século XVII .



O frade capuchinho francês Claude d’Abbeville , escreveu em 1616 a “História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e Terras Circunvizinhas” ,  hoje  considerada um clássico da literatura etnográfica indígena brasileira .



Nesta obra , dentre tantos outros registros sobre  astronomia indígena tupiniquim , a influência da Lua sobre as marés segundo estes hoje extintos  índios  do Maranhão   é assim descrita :

 “Eles atribuem à Lua o fluxo e o refluxo do mar e distinguem muito bem as duas marés cheias que se verificam na Lua cheia e na Lua nova ou poucos dias depois”.

Essa  informação  tem um significado notável  porque quando  D’Abbeville publicou  o livro , em 1616 ,

as causas das marés ainda não eram conhecidas pela Ciência da Europa . Foi o físico e matemático inglês Sir Isaac Newton ( 1643 – 1727 )   quem explicou  cientificamente , em 1687 , este fenômeno natural  causado pela influência dos  Campos Gravitacionais do Sol e da Lua .



A Lua na Iconografia Antiga  



Na antiga iconografia da Lua , que pudemos consultar , esta encontra-se quase sempre representada por uma figura  falciforme  ( em forma de foice )  e não como um disco ou como um círculo ,  como imaginávamos que fosse .

        Isto significa que , salvo nosso engano ,   a fase de  Lua Cheia ou Plenilúnio era menos representada que as Fases de  Crescente ou Minguante ( Decrescente ) .



Nas figurações da Lua , a margem que separa a área sombreada  da superfície  iluminada  ( denominada “terminator” ) obviamente  é sempre curva , suas extremidades brilhantes e pontiagudas são chamadas  cornos ( chifres ) lunares . Astronômicamente os cornos   estão em direção oposta ao Sol , nascente ou poente .     



Simbologia da Fases Lunares



As fases da Lua  , Crescente ,  Cheia  e  Minguante foram adotadas por alguns povos antigos como símbolos do ciclos da Vida da Mulher  , como equivalentes da Juventude , Meia-Idade e Velhice , respectivamente .





Uma mapa da Lua confeccionado  no Neolítico da Irlanda



Em abril de 1999 , a BBC News divulgou pela Internet a seguinte notícia :  “Prehistoric Moon Map Unearthed” ( Desenterrado um  Mapa Pré-Histórico  da Lua ) .

Segundo esta informação ,  um mapa da Lua dez  vezes  mais antigo do que aquele desenhado por Leonardo Da Vinci ,  em 1505 ,  foi encontrado ,  gravado numa pedra tumular ( Orthostat 47 )  de  Knowth , o lugar  mais antigo do Neolítico irlandês .

Autor da descoberta foi o Dr. Philip Stooke , da Universidade de Western Ontario , Canada , que sobrepôs a uma mapa atual da Lua ( vista a olho nu ) estas inscrições rupestres ( glifos ) da Irlanda . Um dos acidentes lunares reproduzido no mapa pré-histórico seria o  “Mare Crisium” . A borda circular da Lua não consta do petroglifo ; o Dr.Stooke acredita que ela apenas teria sido desenhada , mas não inscrita na pedra . Páginas adiante , reproduzimos os gráficos do Dr . Stooke .

Para maiores detalhes , consultar o trabalho original  :  Stooke, P. J . "Neolithic Lunar Maps at Knowth and Baltinglass , Ireland" . Journal for the History of Astronomy, XXV: 39-55, 1994.

A Lua na itaquatiara do Ingá

Na itaquatiara do Ingá , há uns pouco glifos semilunares que poderiam ser admitidos  como figurações da Lua ; uns outros evocam aqueles de Knowth ( Irlanda ) , mas em nenhum dos casos há elementos suficientes para validar tal interpretação ( V. gráficos anexos ) .

LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ - IMG -POST 204

Glifos da itaquatiara do Ingá que poderiam representar a Lua

LUA NA ITAQUATIARA DE INGÁ - IMG - POST 203

Alegorias da Lua . Observar o Crescente Lunar representado com um arco , usado por Diana , a Caçadora .

LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ - IMG - POST 202

LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ - IMG - POST 201

Lua Cheia ( foto) , em cima .Fileira do meio : Pedra Tumular Orthostat 43 , de Knoth , Irlanda (à dir.) e glifos  à direita do observador . Em baixo : desenho da Lua Cheia a olho nu (dir.) e glifos sobrepostos ao mapa anterior (esq.) .

LUA NA ITAQUATIARA DO INGÁ - IMG - POST 200

Em construção

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ÍNDICE ALFABÈTICO POSTAGENS 1 - 200 - POST 199

ÍNDICE ALFABÉTICO DAS POSTAGENS (1 – 200) - POST 199


A Leste e a Oeste do Sol ( significado ) – 165

Alinhamento Astronômico Azimutal – 66

Aquário e Peixes na itaquatiara – 124

Arqueoastronomia – definição – 65

Arredores , da itaquatiara – Fotos -17 , 16 , 15

Arredores da Itaquatiara – Fotos  –25 - 26  32 a 35


Azimute , Elevação e Culminação – 171

Bio e Bibliografia de Francisco Faria – 3

Calendário Egípcio – 91

Capricórnio – 8

Capricórnio na itaquatiara – 119

Cometas na Itaquatiara do Ingá – 198

Constelações Zodiacais – Imagem – 58

Coordenadas Celestes – 188

Coordenadas Celestes – Imagem - 61

Eridano na itaquatiara – 147

Escorpião ( Scorpius ) e a Itaquatiara – Texto – 56

Escorpião e a itaquatiara – Imagens (37 a 42) – 43

Escorpião e a itaquatiara – Texto –  44

Espirais – 10

Faetonte – 100 a 101

Filatelia – 18 - 134 163-164

Fisiografia da região do Ingá – 21

Gêmeos – 141

Glifos do Painel Vertical – Imagens – 36

H.A.Rey e as Constelações – 187

Índios da Paraíba e a Itaquatiara do Ingá – 179

Índios do Maranhão – 184

Itaquatiara , foto panorâmica da – 46

Itaquatiara de Ingá , A  ( descrição ) – 2

Itaquatiara do Ingá , glifos do painel vertical – 80 , 81e 90

Itaquatiara do Ingá , o que é – 175

Leão na itaquatiara -  128

Livro “Os Astrônomos Pré – Históricos do Ingá” – 30

Localização ( Mapas) , da itaquatiara – 14 , 13 , 12

Lua – 94 a 100

Lua na Itaquatira do Ingá - 199

Mapa Celeste  com Const.Zodiacais – 161 – 162

Mapas ( Localização ) , da itaquatiara – 14,13,12

Nascimento e Poente dos Astros – 166

Nascimento Helíaco – 170

Neolítico e Monumentos Megalíticos – 79

Órion – 5

Órion na Alemanha Paleolítica – 151

Órion na itaquatiara – 159

Painel Vertical da itaquatiara – 29,28,27,23 e 22

Pirâmides do Egito – 73

Plêiades – 4

Ponto Gama ou Vernal – 191

Precessão Equinocial – 82 e 83

Precessão Equinocial – Imagem – 59

Revista do Arquivo Municipal de São Paulo – 34

Sagitário – 6

Sagitário na itaquatira – 110 a 115

Serpentário – 102 a 104

Sir Norman Lockeyer e o Antigo Egito – 76

Sírio - 1

Sol , a Leste a Oeste do  - 84

Sol , o ( e a itaquatiara ) – 20 e 19

Sol , Zenitais do – 90 a 94

Stonehenge & Gerald Hawkins – 64

Teorias de Moreux , Santillana e Dechend   - 63

Topo , Glifos do ( da itaquatiara ) – 11

Uma Estrela,um Rio e um Solstício no Antigo Egito – 67

Uma Festa Tapuia para uma Estrela – 68

Vênus – Conjunções , Estrela d’Alva e Matutina – 85

Vênus e os Maias – 70 , 89

Virgem ( Virgo )  na itaquatiara – Texto – 57

Virgem , Libra e Escorpião na itaquatiara  – 105 a 109
Zodíaco

segunda-feira, 9 de maio de 2011

COMETAS NA ITAQUATIARA DO INGÁ - TEXTO - POST 198

COMETAS  NA ITAQUATIARA DO INGÁ .



Os cometas ,  astros de mau agouro .



Os cometas possivelmente devem ter impressionado  profundamente os homens da Antiguidade graças à sua raridade , intenso  brilho ,  aparecimento e desaparecimento súbitos , enorme tamanho aparente e rápidos  deslocamentos misteriosos nos céus , fora da Eclíptica . 

Seu estranho esplendor seguramente transformou-os universalmente em objeto de reverência  e de temor .

 As aparições cometárias , quase sempre associadas ao mau agouro e consideradas prenunciadoras de catástrofes naturais e de desgraças humanas ,  induziram  pânico e histeria ao longo da História ; o aspecto espetacular da passagem de certos cometas  causou  forte impacto sobre os homens  motivando-os a registrar o seu aparecimento , desde a pré - história .

Etimologia

A palavra “cometa”  deriva do latim “cometes”,  através do grego “aster  kometes”  = “estrela com cabeleira” ( uma referência à cauda do cometa ) , um termo atribuído ao filósofo grego  Aristóteles ( 384 a.C. - 322 a.C.) .

Partes de um cometa



Os cometas em sua essência , são corpos celestes pequenos , frágeis e comparados a um  bola de neve suja ,uma mistura de água , gases congelados e partículas ; eles são divididos em 3 partes :



- Núcleo ou cabeça , com até alguns quilômetros ,  é  formado por um aglomerado de rochas cobertas por um manto de moléculas congeladas .



- Coma ou Cabeleira : transparente , envolve o núcleo , é  composta por gás e partículas ,  estendendo – se  por  até 200.000 quilômetros .



- Cauda : rastro luminoso formado por partículas e gases ; sua direção é de oposição radial   ao Sol . 



Quando um cometa atinge sua  menor distância do Sol seu núcleo se inflama e adquire um brilho extraordinário ;  a cauda assume dimensões gigantescas de até dezenas de milhões de quilômetros . Uma chuva de meteoros geralmente ocorre quando a Terra passa pela órbita de um cometa .       

        Os cometas têm  origem nos confins do Sistema Solar ,  na Nuvem  de Oort e somente aqueles com trajetória elíptica são periódicos  pois ela  trazem-nos para bem perto do Sol e os lançam para além da órbita de Plutão .

 O cometa Halley , o mais notável  dos cometas de períodicidade curta  ( inferior a 200 anos ) nos visita   a cada 75 / 76 anos .



Cometas na Pré-História



Uma inscrição num machado de pedra do neolítico encontrado em  Lhanice, na Morávia (Tcheco- Eslováquia ) , é tida como uma das mais remotas representações pré – históricas de um cometa .( V.reprodução anexa , adiante ).

 No Oriente Médio , o primeiro  escrito sobre um cometa é aquele de 1140  a . C , na Babilônia .

No Extremo   Oriente , o primeiro registro cometário  é 2316 a .C , registrado   nos Anais Astronômicos Chineses . 



Cometas n a História Antiga



Em tempos históricos os primeiros registros cometários ocidentais são atribuídos  aos caldeus , egípcios , gregos e romanos . Aristóteles ( 384 a . C – 322 a . C ) acreditava que os cometas fossem “fenômenos da atmosfera terrestre” , mas o filósofo romano Sêneca ( 4 a .C – 65 d . C ) considerava-os “corpos celestes”.

A descoberta do Brasil coincidiu com o surgimento de um cometa de longa cauda , possivelmente o Halley , que, no dia 21 de abril de 1500, foi visto contra  a constelação de Aquário  e observado por João Emeneslau ( “mestre João” ) astrônomo da esquadra de Cabral.

O aparecimento simultâneo de dois cometas impressionou  profundamente o último imperador azteca Montezuma II ( c.1466 – 1520 ) e seus súditos que interpretaram – no como um dos prenúncios do fim da sua civilização , o que realmente aconteceu  com a Conquista Espanhola em 1521 .



Cometa Halley



Por ocasião da passagem do Halley  , em 1986 ,  o Museu Britânico exibiu tabletes babilônicos com registros muito precisos sobre seu aparecimento  em 164 a . C . e  87 a . C ; igualmente este cometa  foi registrado pelos chineses em 240  a. C.  e  na famosa  Tapeçaria  de  Bayeux , que comemora a conquista normanda da Inglaterra , em 1066 .

Os estudos astronômicos  científicos sobre os cometas , começaram apenas em 1472 , com Johannes Mueller ( Regiomontanus) , quase dois séculos após Aristóteles .



Iconografia de cometas



A Astronomia Pré – Telescópica findou em 1609 , quando Galileu Galilei ( 1564 – 1642 ) , construiu uma luneta e apontou-a para os Céus . 

Um exame da iconografia cometária da Europa  daquela época evidencia que a figurações de cometas era basicamente representada por uma estrela da qual partia uma longa  cauda .

As legendas que acompanhavam tais ilustrações majoritariamente  se referiam ao cometa como  “stella”   ( em latim , “estrela”  ) ,  Na famosa Tapeçaria de Bayeux ( 1066 d.C. - França ) que registra a passagem de um cometa ( possivelmente o Halley ) , há uma legenda  “Isti Mirant Stella”( “Estes contemplam uma estrela” ) .  

  

Cometas na Pré – História do Brasil



Entre nós , no norte da  Bahia , no município de Xique - Xique , foi encontrada uma pintura rupestre de 1,63 metro , na Toca ou Gruta do Cosmos , que representa um cometa não - identificado , segundo a arqueóloga Maria da Conceição  Beltrão .



Cometas na itaquatiara do Ingá



Na itaquatiara do Ingá  , acreditamos que certos    glifos podem ser  figurações de cometas ; nas páginas seguintes reproduzimos as figuras destas insculturas .

Acreditamos que grande parte das mossas ou depressões hemisféricas desta itaquatiara , representa as estrelas . Se apelarmos para o artifício de substituir estas  mossas   por ícones estelares , obteremos as figuras estampadas páginas mais  adiante .

        Se esta nossa leitura ou transposição for correta ,poderíamos dizer que os astrônomos do Ingá viam e figuravam os cometas como uma estrela  brilhante e isolada , à frente de um cortejo de várias outras estrelas de menor luminosidade ( V. gráficos anexos ) .