A Constelação de Gêmeos ( Gemini ) e a Itaquatiara de Ingá
Astronomia
A constelação zodiacal e solsticial de Gêmeos ( Gemini ) , está limitada ao norte por Lince (Lynx) e Cocheiro ( Auriga ); ao sul por Cão Maior ( Canis Major ) e Unicórnio ( Monoceros ); a oeste por Órion ( Orion ) e Touro ( Taurus ) e a leste por Câncer ( Cancer ) .
Suas estrelas desenham um grande retângulo que paralelo à Eclíptica , invade a Via Láctea .
Quase universalmente , esta constelação foi associada a uma dupla de seres possivelmente graças à paridade das duas estrelas principais Castor e Pólux ,de 2ª magnitude visual . Elas formam um par inconfundível e representavam para o antigos gregos , as cabeças dos Gêmeos Celestes , Castor e Pólux . Atualmente , a estrela mais brilhante da constelação não é Castor , embora designada nos Atlas Celestes como alfa , mas Polux , ali indicada como beta.
Para os habitantes do Hemisfério Sul , as figuras dos Gêmeos são percebidas de cabeça para baixo , tal como mostramos nos gráficos anexos por nós adaptados para as nossas latitudes meridionais .
A constelação de Gêmeos , a mais setentrional do Zodíaco ,é visível nas latitudes terrestres entre +90 e – 60 ;suas coordenadas celestes são : Ascensão Reta ( AR ) = 7 h e Declinação ( D ) = + 20 . A melhor visibilidade de Gêmeos ocorre em fevereiro , às 21,00 hr.
Ela é uma constelação solsticial porque o Sol quando “percorre” suas estrelas , entre 20 de junho e 20 de julho , ocorre o solstício de junho (21 / 6 ) , o primeiro dia de inverno em nosso Hemisfério Sul . Isto significa que se pudéssemos ver as estrelas durante o dia , naquelas datas , Gêmeos paraceria estar “atrás” do Sol .
Em Gêmeos , a olho nu se pode observar o notável aglomerado aberto M 35 . Nesta constelação , anualmente em dezembro , ocorre uma abundante chuva de meteoros.
Mitologia
A associação do par formado pelas estrelas Castor e Pólux com a figura de gêmeos , foi praticamente
universal .
A constelação de Gêmeos já era conhecida na Antiga Mesopotâmia ( 5.000 a .C. – 539 a .C.) , onde era chamada de “ Os Grandes Gêmeos” .
Na mitologia da Grécia Antiga ( 776 a .C. – 323 a .C.)
Castor e Polux eram conhecidos coletivamente como Dioscuri ( Filhos de Zeus ) ou Didymoi ( Os êmeos ) . Embora Leda fosse mãe de ambos , os Gêmeos tinham pais diferentes . Pólux , filho de Zeus era imortal mas , Castor , filho do rei de Esparta , era consequentemente , mortal . Ambos , conhecidos por serem fortes , bem educados e encantadores , foram reverenciados como curadores , médicos e protetores dos marujos .
Castor e Pólux participaram da épica Expedição dos Argonautas , juntamente com Jasão , em busca do esplêndido Velocino de Ouro .
Numa feroz disputa entre os Gêmeos e outros pretendentes do amor de duas belas irmãs , Castor foi mortalmente ferido e Pólux , imortal , em vão tentou o suicídio para seguir o destino do amado irmão . Então , Zeus transformou – os em estrelas de uma mesma constelação de modo que permanecessem juntos por toda a Eternidade , como símbolos do amor fraternal .
A Constelação de Gêmeos na itaquatiara de Ingá
Parece – nos que no painel vertical da itaquatiara de Ingá a constelação de Gêmeos estaria representada pelo glifo que reproduzimos mais adiante ( v. gráficos ) .
Tal como acontece com muitos dos demais glifos da itaquatiara , sua descrição é difícil porque sua forma não evoca nenhuma figura por nós conhecida . Contudo , podemos dizer que , em suas linhas gerais ele é composto por dois sulcos cruzados à maneira de uma letra xis , cujas extremidades superiores terminam por uma mossa ( depressão hemisférica ) ; o par formado por estas mossas evoca a paridade das estrelas Castor e Pólux .
Em gráfico anexo , tentamos mostrar como as estrelas de Gêmeos poderiam ter sido a fonte ( substrato astronômico ) para o glifo que as representaria , na itaquatiara do Ingá .
Em gráfico anexo , tentamos mostrar como as estrelas de Gêmeos poderiam ter sido a fonte ( substrato astronômico ) para o glifo que as representaria , na itaquatiara do Ingá .
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