A LUA - UMA LANTERNA PRATEADA NOS CÉUS .
A Lua , logo após o Sol , ocupava um lugar privilegiado nas antigas cosmologias e geralmente era considerada uma entidade benigna e benfazeja , que espantava as trevas noturnas e iluminava os caminhos .
No Hemisfério Norte , a Lua Cheia , mais próxima do equinócio de outono ajudava os agricultores , ampliando o tempo em que podiam trabalhar após o crepúsculo ; no inverno , os dias curtos eram compensados pela Lua Cheia , iluminando a Terra .
Nosso satélite natural é identificado como as deusas gregas Selene , Febe ou Artêmis e seus equivalentes romanos Luna e Diana . Artêmis , uma das 12 divindades do Olimpo é símbolo da castidade e da pureza ; a semelhança do crescente da Lua com um arco , fez com que se lhe dessem os atributos de uma caçadora .
O regular comportamento da Lua ( sucessão das fases ) ensejava uma medida para medir o tempo ; a expressão do tipo “depois de muitas luas” é encontrada nas lendas e documentos arcaicos de várias civilizações .
As pioneiras tentativas de sistematização do Cosmo para explicar o curso lunar e os fenômenos que o acompanham variavam segundo os diversos povos ; habitantes da orla marítima atribuiram os ciclos das marés à Lua ( maré de Lua Nova , de Lua Cheia , de
Quartos e de Minguante ) ; os nautas consideravam -na , ao lado das estrelas , como um astro – piloto , um guia valioso para navegação .
Na Europa , as bruxas acreditavam que nas Luas Cheias , desfrutavam de grande poder energético e aproveitavam a efeméride para realizar seus rituais e aviar suas poções mágicas .
Segundo o folclore universal , os lobisomens eram pessoas que se transformavam em lobos , nas noites de Lua Cheia .
O adjetivo “lunático” denota o mito popular que liga a insânia às fases lunares e “viver no mundo da Lua” significa o comportamento alienado que foge aos padrões de conduta social geralmente aceitos .
Algumas culturas , embora de modo não explícito , correlacionaram o ciclo menstrual ( mens = mês ) com o ciclo lunar mensal .
As rápidas e evidentes mudanças dos aspectos da Lua forneceram aos povos primitivos um meio fácil de computar o tempo , através de um calendário lunar . Para os antigos habitantes da Grécia , Israel e Mesopotâmia , um novo mês começava quando ao anoitecer surgia nos céus a lua crescente , ocasião celebrada com tochas e fogueiras .
Os Meses Sideral e Sinódico
O mês sideral é o intervalo de 27 1/3 dias exigido pela Lua para completar uma revolução e voltar novamente à mesma posição entre as estrelas .O mês sinódico ou “ mês das fases ” é o espaço de tempo consumido pela Lua entre duas fases homônimas ( de Lua Cheia a Lua Cheia ,de Lua Nova a Lua Nova ,etc ) e dura 29 ½ dias .
Por razões óbvias , os antigos usaram o período sinódico , para o estabelecimento dos seus calendários lunares .
Os megálitos de Carnac e os eclipses lunares
A hipótese de que os megálitos de Carnac ( França ) teriam uma finalidade astronômica , foi proposta já em 1874 . Na década de 1970 , o professor de Engenharia , Alexander Thom , de Oxford , sustentou que as estruturas em pedra em torno do Grand Menhir Brisé ( Grande Menhir Quebrado ) comporiam juntas um sofisticado observatório lunar que permitiria a previsão de eclipses lunares ( entre 4.650 a .C. e 1. 400 a .C. ) .
Os cornos da Lua
Na antiga iconografia da Lua , que pudemos consultar , esta encontra-se quase sempre representada por uma figura falciforme ( em forma de foice ) e não como um disco ou um círculo . Nas fases lunares crescente ou decrescente ( minguante ) , a margem que separa a área sombreada da superfície iluminada ( denominada “terminator” ) é sempre curva , suas extremidades brilhantes são chamadas cornos ( chifres ) lunares e estão em direção oposta ao Sol nascente ou poente .
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