sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A LUA - UMA LANTERNA PRATEADA NOS CÉUS - TEXTO - POSTAGEM 100

A LUA  - UMA LANTERNA PRATEADA NOS CÉUS .


A Lua , logo após o Sol , ocupava um lugar privilegiado nas antigas cosmologias e  geralmente era  considerada uma entidade benigna e benfazeja , que espantava  as trevas noturnas e iluminava os caminhos .
No Hemisfério Norte , a  Lua Cheia , mais próxima do equinócio de outono ajudava os agricultores ,  ampliando o tempo em que podiam trabalhar após o crepúsculo ; no inverno , os dias curtos eram compensados pela Lua Cheia , iluminando a Terra .
Nosso satélite natural é identificado como as deusas gregas Selene , Febe ou  Artêmis  e seus equivalentes  romanos Luna e Diana . Artêmis , uma das 12 divindades do Olimpo é símbolo da castidade e da pureza ; a semelhança do crescente da Lua  com um arco , fez com que se lhe dessem os atributos de uma caçadora .
O  regular comportamento da Lua ( sucessão das fases  )  ensejava uma medida para  medir  o tempo ; a expressão do tipo “depois de muitas luas” é encontrada nas lendas e documentos arcaicos  de várias civilizações .
        As pioneiras  tentativas de sistematização do Cosmo  para explicar  o curso lunar e os fenômenos que o acompanham  variavam segundo os diversos povos ; habitantes da orla marítima atribuiram   os ciclos das marés à Lua ( maré de Lua Nova , de Lua Cheia , de


Quartos e  de Minguante  )  ; os nautas consideravam -na , ao lado das estrelas , como um astro – piloto , um guia valioso para navegação .
Na Europa , as bruxas acreditavam que nas Luas Cheias ,  desfrutavam de grande  poder energético e aproveitavam a efeméride para realizar seus rituais e aviar suas poções mágicas .
Segundo o  folclore universal , os lobisomens eram pessoas que se transformavam  em lobos , nas noites de Lua Cheia .
O adjetivo “lunático” denota o mito popular que liga  a insânia  às fases lunares  e “viver no mundo da Lua” significa o comportamento alienado  que foge  aos padrões  de conduta  social geralmente aceitos .
 Algumas culturas , embora de modo não explícito , correlacionaram o ciclo menstrual ( mens = mês )  com o ciclo lunar mensal .
        As rápidas  e evidentes mudanças dos aspectos da Lua forneceram aos povos primitivos um meio fácil de computar o tempo , através de um calendário lunar . Para os antigos habitantes  da Grécia , Israel e Mesopotâmia , um novo mês começava quando ao anoitecer surgia nos céus a lua crescente , ocasião celebrada com tochas e fogueiras .

Os Meses Sideral e Sinódico

O mês sideral é o intervalo de  27 1/3  dias  exigido pela Lua  para completar uma revolução e voltar novamente à mesma posição entre as estrelas .O mês sinódico ou “ mês das fases ”  é o       espaço de tempo consumido pela Lua entre duas fases homônimas ( de Lua Cheia a Lua Cheia ,de Lua Nova a Lua Nova ,etc ) e dura 29 ½  dias .
        Por razões óbvias , os antigos usaram o período sinódico , para o estabelecimento dos seus  calendários lunares .

Os megálitos de Carnac e os eclipses lunares

        A hipótese de que os megálitos de Carnac ( França ) teriam uma finalidade astronômica , foi proposta já  em 1874 . Na década de 1970 , o professor de Engenharia , Alexander Thom , de Oxford ,  sustentou que as estruturas em pedra em torno do Grand Menhir Brisé ( Grande Menhir Quebrado )  comporiam juntas um sofisticado observatório lunar que permitiria a previsão de eclipses lunares ( entre 4.650 a .C. e 1. 400 a .C. ) .

Os cornos da Lua

Na antiga iconografia da Lua , que pudemos consultar , esta encontra-se quase sempre representada por uma figura falciforme ( em forma de foice ) e não como um disco ou um círculo . Nas fases lunares  crescente ou decrescente ( minguante ) ,  a margem que separa a área sombreada  da superfície  iluminada  ( denominada “terminator” ) é sempre curva , suas extremidades brilhantes  são chamadas  cornos ( chifres ) lunares  e estão em direção oposta ao Sol nascente ou poente .  

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